O governo Bolsonaro autorizou, na segunda-feira (1/3), novos reajustes nas refinarias da Petrobras dos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, que já acumulam altas de 41,3%, 34,2% e 17,1% neste ano, respectivamente.

É o quinto aumento consecutivo do valor médio da gasolina, em 4,8%, passando de R$ 2,48 para 2,60 por litro. No caso do diesel, a alta é de 5%, sendo, já, a quarta vez no ano em que o combustível é reajustado para cima, passando de R$ 2,58 para R$ 2,71 o litro.

Nem o gás de cozinha, essencial para a alimentação das famílias, foi poupado. Em algumas regiões do país o botijão de gás de 13 KG já atingiu R$ 105. O preço do gás de cozinha nas refinarias foi reajustado em 5,2%. Esse é o terceiro aumento neste ano.

Os novos aumentos, que já começam a valer a partir desta terça-feira (2), ocorrem 10 dias após Jair Bolsonaro demitir o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, para fazer demagogia com os caminhoneiros que estão revoltados com a nova disparada dos preços dos combustíveis nos postos e ameaçam paralisar sua atividades com fizeram em maio de 2018, na greve histórica da categoria.

Bolsonaro demitiu Castello Branco, mas manteve de pé a política de paridade dos preços da Petrobras com os preços internacionais do petróleo e da cotação dos dólar, principais fatores para onda de aumentos nos preços dos combustíveis no passado e, também, agora.

Para seguir com a encenação de que está fazendo algo para derrubar os preços dos combustíveis, Bolsonaro editou na segunda-feira (1º) um decreto no qual zerou as alíquotas por dois meses (março e abril) do PIS e Cofins que incidem sobre óleo diesel e gás de cozinha. No caso do gás, o período de isenção é indeterminado e vale apenas para o botijão de 13 kg. O decreto foi publicado em edição extra do “Diário Oficial da União”.

Esta medida, diante da pressão de alta nos preços do barril de petróleo e da alta do dólar, que às 11h e 16m de hoje batia na casa dos R$ 5,67, terá efeito quase nulo para derrubar os preços dos combustíveis.

Tudo em prol dos acionistas da Petrobras, grande parte estrangeiros e especuladores.