Foto: FNP

A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que junto com a Federação Única dos Petroleiros (FUP) negocia o acordo coletivo da categoria, mediadas pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), acusou a FUP de traição pela assinatura do acordo na segunda-feira (4).
“Achamos um equívoco histórico da FUP, uma traição contra os interesses da categoria o indicativo de aceitação dessa proposta que rebaixa direitos e impede que a categoria lute contra o processo de desmonte do sistema Petrobras”, disse o secretário de Comunicação da FNP, Rafael Prado.
Enquanto a FUP aceita os termos do acordo, a FNP indica a realização de greve geral dos petroleiros com início em 12 de novembro.
Segundo a Federação Nacional dos Petroleiros, a segunda proposta do TST mantém grande parte da perda de direitos dos petroleiros, além de perda salarial, com o reajuste de 2,29%, que representa 70% do INPC, contra um IPCA acumulado de 3,59%.
A primeira proposta do tribunal já havia sido rejeitada pela maioria dos sindicatos em assembleias realizadas em outubro.
O que a FNP propõe é a manutenção do Acordo Coletivo de Trabalho vigente e sua renovação enquanto não for assinado um novo acordo; reposição da inflação e aumento real no salário base; garantia de desconto das mensalidades dos associados no contracheque para a manutenção da organização sindical; garantia de emprego, com alteração das cláusulas (41 e 42, respectivamente) que abrem margem para dispensas sem justa causa e fundo garantidor para os terceirizados contra calotes, entre outros pontos.
A FNP também defende que manter a mobilização contra a privatização dos ativos da Petrobrás junto com a negociação do acordo coletivo é o mais acertado e o que mais une a categoria.
“A greve tem que acontecer agora, dentro da negociação do acordo coletivo, quando discutimos sobre condições de trabalho e nossos direitos. Temos que aproveitar o momento enquanto somos um todo, com as bases no norte, nordeste, sul e sudeste”, diz a entidade.
Para a Federação Nacional, a privatização de ativos da Petrobrás já está alterando as condições de trabalho: “é por isso que estamos lutando, contra a redução de efetivo, retirada de direitos e pela preservação de nossa saúde”.