O Ministério Público do Trabalho pediu o afastamento de Sérgio Camargo da presidência da Fundação Palmares por denúncias de assédio moral, perseguição ideológica e discriminação contra funcionários da instituição.

O pedido foi divulgado pelo programa Fantástico, da TV Globo, neste domingo (29).

Deputados do PCdoB repercutiram a notícia em suas redes sociais e defenderam a saída do gestor.

“A Fundação Palmares foi criada para valorizar e incentivar a cultura e o povo negro, mas a atual gestão vem desvirtuando a missão do órgão. Sérgio Camargo precisa sair imediatamente”, defendeu a presidente da Comissão de Cultura da Câmara, deputada federal Alice Portugal (BA).

O deputado federal Daniel Almeida, também da Bahia, destacou que Camargo “não representa a grandiosidade e importância da Fundação Palmares”.

De acordo com depoimentos de funcionários do órgão, Camargo associa pessoas de “cabelos altos” a malandros e sua gestão criou clima de terror psicológico na instituição, levando a pedido de demissão de funcionários concursados da instituição. Os relatos divulgados no programa dão conta ainda que o presidente da Palmares chamava um ex-diretor da fundação de “direita bundão” por não exonerar “esquerdistas”. Além do afastamento, o Ministério Público do Trabalho também pede que Camargo pague indenização de R$ 200 mil por danos morais, segundo divulgado pelo programa.

Em sua conta no Twitter, o deputado federal Orlando Silva (SP) disse que Camargo é “um racista que odeia o povo negro” e lembrou que já havia acionado a Procuradoria-Geral da República (PGR), solicitando o afastamento do presidente da Fundação Palmares.

Orlando ingressou com uma ação em junho contra Sérgio Camargo para que ele fosse investigado pelo crime de improbidade administrativa no caso da doação do acervo da instituição, que é patrimônio público.

Além das perseguições e dos atos de improbidade administrativa, a gestão de Camargo é eivada casos racistas, como exclusão de artigos sobre ícones negros como Zumbi dos Palmares, Luís Gama, Carolina de Jesus e mesmo de esportistas negros foram banidos de publicações da fundação, além das seguidas declarações racistas do gestor.

Da redação
(PL)