Categoria diz que não pretende participar de ato golpista

A Frente Parlamentar Mista em Defesa do Caminhoneiro Autônomo e Celetista divulgou neste sábado (4) uma nota afirmando que “repudia veementemente qualquer ação ou pretensão declarada que viole as garantias constitucionais do Estado Democrático de Direito e da coexistência de poderes institucionais independentes e harmônicos entre si”.

Na nota, assinada pelo deputado federal Nereu Crispim (PSL/RS), a frente parlamentar versa sobre retrocesso social “inadmissível” os chamamentos articulados nas redes sociais para participação de caminhoneiros em atos antidemocráticos no dia 7 de setembro, que “não podem ser tolerados, seja pela ilegitimidade de quem convoca, seja pela ilegalidade de suas pretensões”.

“Não há espaço para omissão dos representantes de direitos da categoria dos caminhoneiros autônomos e celetistas que devem expressamente manifestar-se contra ato atentatório dos pilares da democracia”, acrescenta o documento.

Também, a Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), comandada por Wallace Landim, o Chorão, um dos protagonistas da greve geral de 2018, considera o movimento desvinculado da pauta caminhoneira. “É totalmente político, é do Sérgio Reis, da Aprosoja, também do movimento intervencionista, mas a gente não participa de pauta política. Já tentaram nos usar em atos Fora Temer ou para intervenção militar… Quem se sentir prejudicado pode ir, mas como civil, essa é nossa orientação”, afirma Chorão.

Carlos Alberto Litti Dahmer, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), de Ijuí (RS), diz que o ato é antidemocrático, e que há muito envolvimento empresarial nas convocações.

“Há outras formas de resolver os problemas em vez de um movimento extremado, de alguém se julgar todo poderoso para fechar o Congresso, destituir ministros”, criticou o líder caminhoneiro.

Segundo Litti, a maior parte dos caminhoneiros autônomos não participará das manifestações.