As eleições gerais de 2022, com a perspectiva de derrotar o governo Jair Bolsonaro, estão no radar da Frente Brasil Popular (FBP). Nesta semana, o coletivo, formado por partidos políticos e entidades do campo democrático-progressista, divulgou circular com as resoluções deliberadas na Plenária Nacional da Frente, em 17 de dezembro.

“Em 2022, vamos reativar a FBP para voltar ao povo, despertar a indignação e luta na base, contra a situação econômica e social”, afirma Walter Sorrentino, vice-presidente nacional do PCdoB. “A Frente precisa ter ‘pedagogia’ para mobilizar uma forte corrente mudancista que torne Lula vitorioso – com um programa inovador e ousado pra fazer o Brasil melhor de novo.”

A circular destaca que a FBP sai fortalecida de 2021, seu sexto ano de atuação, no qual “a resistência ocupou as ruas e as redes”. O povo brasileiro saiu às ruas para pedir o #ForaBolsonaro. Mas essa luta, segundo a Frente, “encontrou um Congresso Nacional insensível à insatisfação popular e conivente com os crimes de responsabilidade do presidente da República”.

Para 2022, o desafio é “combinar a luta de massas com a luta institucional”, ao lado de “setores democráticos e populares”, para viabilizar “um projeto de reconstrução do Brasil”. Diz a FBP: “A experiência de diálogo e unidade acumulada nesses anos deve se espraiar e inspirar as lideranças partidárias que têm a missão de construir a maior e mais sólida unidade em torno de um programa popular e antineoliberal para o país”.

O texto dá ênfase à “importância da candidatura de Lula à presidência”: “A Frente Brasil Popular se apresenta como parte ativa no esforço de formulação de uma plataforma emergencial para reconstrução do país pautada na reversão dos ataques realizados aos direitos do povo e à soberania nacional e no fim do projeto neoliberal de austeridade cujo maior símbolo é o criminoso teto de gastos”. Além disso, a FBP diz que, para reverter a precariedade da vida”, é preciso defender “a saúde, a educação e as políticas públicas como mecanismos de garantia dos direitos do povo”.

“Nos somamos à luta por justiça e reparação às milhões de vítimas da Covid-19, penalizadas pela conduta criminosa e irresponsável de governantes e gestores que devem ser responsabilizados”, afirma a FBP. “Abominamos o racismo, a LGBTfobia e a violência contra as mulheres e a juventude negra e nos colocamos ao lado dos setores mais oprimidos do povo em luta por seus direitos”.

“Devemos seguir impulsionando a luta de massas contra o governo Bolsonaro e o programa neoliberal, em especial contra os seus efeitos mais sentidos na vida do povo: a fome, a carestia e o desemprego”, conclui o texto.