“O [regime] de isolamento durará o tempo que for necessário”, afirmou o ministro da Saúde da França, Olivier Veran, na terça-feira (7), acrescentando ser “muito cedo” para falar em mitigar a quarentena em vigor no país para conter a pandemia de Covid-19.

Como ele observou à BFM TV, “ainda não estamos no auge da epidemia … ainda estamos na fase de agravamento”. “É muito cedo para falar sobre o fim do isolamento”, enfatizou.

Veran destacou, também, que cabe a cada um, em seu comportamento diário, “entender que ao ficar em casa estamos salvando vidas. Temos que ser pacientes. Nossa paciência salva vidas”.

Nesta terça-feira, a França ultrapassou os 10 mil mortos pela pandemia. Em número de mortes, a França só fica atrás da Itália (17 mil), Espanha (13 mil) e EUA (11 mil). Em casos confirmados, o total já passou de 100 mil – o que só ocorreu com outros quatro países (EUA, Espanha, Itália e Alemanha).

O primeiro-ministro da França, Edouard Philippe, reforçou a ordem para que as as pessoas fiquem em casa e previu que a quarentena deverá durar ao menos mais quatro semanas.

“Hoje, a regra é garantir que o confinamento funcione, que o vírus circule devagar o suficiente para que o número de casos graves não seja superior à capacidade de nosso sistema hospitalar”, enfatizou.

Instauradas em 16 de março por 15 dias, as medidas de quarentena foram prorrogadas até 15 de abril. As pessoas só podem deixar suas casas por razões de força maior e depois de preenchido formulário especial explicando para onde estão indo e por quê. Mais de 100.000 policiais foram acionados para monitorarem o respeito às restrições.