Com escolas, trens, metrô de Paris, parados, e vôos cancelados, além de bloqueios nas refinarias, a França está parada contra a chamada ‘reforma’ da Previdência do governo Macron.

As centrais sindicais CGT, FO, Solidaires, FSU anunciaram 250 mil manifestantes em Paris, 150 mil em Marselha, 100 mil em Toulouse, 40mil em Lille e dezenas de milhares em Montpellier, Bordeaux e Nantes e mais 40 cidades.

Além de rebaixar o nível das aposentadorias, o governo Macron busca forçar os  trabalhadores franceses a estenderem seu tempo de trabalho além dos atuais 62 anos, caso contrário, ficam sem receber a integralidade dos proventos.

A convocação das centrais recebeu apoio das entidades estudantis nacionais, UNEF (universitários) e UNL (secundaristas), que denunciam que as medidas de Macron vão “degradar as condições de vida dos franceses”.

À greve geral também aderiram caminhoneiros, bombeiros, coletores de lixo e até parte dos policiais. Também cruzaram os braços os trabalhadores dos principais pontos de freqüência turística de Paris, como Torre Eiffel e museus Quay D’Orsay, Louvre e Centro George Pompidou.

O tráfego ferroviário foi interrompido em toda a França, com apenas um em cada 10 trens de alta velocidade (TGV) e 3 a 5% dos Trens Regionais Expressos rodando. 85,7% dos motoristas de trem e 73,3% dos controladores de trem aderiram à greve, segundo a SNCF.

Em Paris, 11 das 16 linhas de metrô foram fechadas, e nas demais houve apenas um serviço precário.

Trabalhadores de 7 das 8 refinarias de petróleo da França estavam na greve e caminhoneiros realizaram cerca de 15 bloqueios por todo o país.

Manifestantes ligados ao movimento dos “coletes amarelos” também participaram dos protestos. Confrontos entre manifestantes e tropas de choque eclodiram em Lyon, Nantes, Rennes e Paris