Além das medidas preventivas, a França acelera os processos para vacinação em massa

O presidente Emmanuel Macron anunciou que a França deve iniciar a vacinação da população contra o Covid-19 no “final de dezembro ou início de janeiro” de 2021. Em discurso transmitido pela televisão, na terça-feira (24), informou ainda que a prioridade inicial da vacinação será em idosos e na população mais vulnerável.

“Nossa estratégia [de combate à pandemia] se baseia nas várias vacinas”, afirmou, observando que o país não se limitará a nenhuma em especial.

O presidente ressaltou que a queda no número diário de casos confirmados da Covid-19 — eram 60 mil antes do início do confinamento e, na semana passada, ficou em 20 mil -, mas advertiu que as medidas de flexibilização não podem ser descuidadas.

Para garantir a segurança sanitária, “um comitê científico será encarregado de acompanhar a vacinação. Um coletivo de cidadãos também será formado para acompanhar a população”, disse. De acordo com o presidente uma “segunda geração da vacina” ficará pronta durante a primavera no Hemisfério Norte, que começa no final de março.

Apesar dos números melhores, Macron insistiu nos pedidos de cautela para “evitar mais um confinamento”, e defendeu que a população deve manter o distanciamento e as medidas de saúde, como o uso de máscaras. Bares, restaurantes e academias ficarão fechados até 20 de janeiro, quando será feita uma nova avaliação.

No entanto, dobrando-se aos grupos antivacinas que consideram que a obrigatoriedade fere a liberdade individual, Macron disse que “quero ser claro, a vacina não vai ser obrigatória”.

No domingo (22), o presidente do governo da Espanha,Pedro Sánchez já haviaanunciado que começará um programa estendido de vacinação contra o vírus em janeiro e que espera proteger a maior parte da população em seis meses. A vacina será gratuita e se administrará através do Sistema Nacional de Saúde, detalhou em coletiva de imprensa.

Na Alemanha, os Estados começarão a estabelecer centenas de centros de vacinação em todo país a partir de dezembro. Segundo reportagem do jornal Welt am Sonntag, os secretários de Saúde dos 16 estados alemães traçaram planos para a criação de um ou dois centros de imunização por distrito administrativo – totalizando centenas de unidades em todo o país – além de mobilizar equipes móveis de vacinação.

Nesses países, as vacinas de diferentes laboratórios do mundo estão sendo experimentados com base em acordos de cooperação internacional.