"Macron retira teu plano", exigem manifestantes contra elevação da idade e redução dos valores da aposentadoria - RFI

1,8 milhão de pessoas foram às ruas na França no dia 17 contra a ‘reforma’ da previdência do governo Macron, anunciou a Confederação Geral do Trabalho (CGT). Em Paris, foram 350 mil e por todo o país houve 268 manifestações.

As centrais sindicais comemoraram a demissão do responsável pela ‘reforma’ dentro do governo Macron, Jean-Paul Delevoye, após denúncia de que em violação da lei francesa mantinha vários empregos em paralelo ao seu cargo de confiança no governo. : “Não é bloqueando embarcações que se resolve o problema”.

As centrais de trabalhadores, CGT, FO, Solidaires, FSU, também informaram que, na mobilização do dia 17, todos os sindicatos – independente da central à qual se filiam – participaram das mobilizações.

As organizações de trabalhadores franceses também reagiram a declarações de Macron  de que “poderia rever” a data da aposentadoria afirmando que a decisão é lutar até a retirada total do projeto.

As organizações nacionais estudantis UNEF, UML e MNL (de secundaristas, escolas técnicas e universitários) também participam ativamente das greves e manifestações.

Para esta sexta-feira estão convocadas mobilizações locais por todo o país.  “Sem trégua!” e “A mobilização vai continuar até a retirada total do projeto”, foram as palavras de ordem principais do comunicado das centrais a seus sindicatos, convocando novas manifestações.

A CGT também informou que a greve nacional do dia 17 mobilizou trabalhadores ferroviários, caminhoneiros, metroviários, controladores de voo e professores nos níveis primário, médio e universitário. Também pararam os trabalhadores do setor de energia elétrica, que mantiveram apenas plantões em forma de rodízio para evitar quedas de luz ou atender emergências.