Seguidor da cartilha neoliberal, Romeu Zema (Novo) fez a dívida pública de Minas Gerais crescer mais de R$ 50 bilhões sob sua gestão (2019-2022). Mas, enquanto endividava e comprometia o estado, o governador viu sua fortuna pessoal crescer nada menos que 86% em pleno mandato.

Ao se candidatar pela primeira vez ao Palácio Tiradentes, em 2018, Zema era um empresário tão desconhecido quanto milionário, que tinha acumulado capital como sócio do grupo Zema. Na ocasião, ele declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 69,7 milhões.

Agora, quatro anos depois, Zema concorre à reeleição ainda mais rico: o valor total de seus bens declarados supera a cifra de R$ 129 milhões – ou, precisamente, R$ 129.795.313,70. A assessoria alegou que o governador foi beneficiado pela venda de ativos do grupo, além da valorização das empresas. Só de cotas ou quinhões de capital, ele detém quase R$ 93 milhões.

Na disputa por um segundo mandato, Zema – que se gaba por ter doado todos os seus salários de governador – é o mais abastado dos candidatos. Sua fortuna chega a ser 36 vezes superior ao patrimônio de seus principais adversários – o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) e o senador Carlos Viana (PL).

Conforme levantamento do Poder360, Zema é também o terceiro candidato que mais enriqueceu nos últimos quatro anos em todo o Brasil. Com os R$ 60 milhões que acrescentou à sua fortuna, ele só perde para o deputado distrital José Gomes (PP-DF) e para o ex-senador Eunício Oliveira (MDB-CE).