#ForçaManu: Comitê Central aprova nota em solidariedade a Manuela
Nesta sexta-feira (18), após o pronunciamento da Executiva Nacional do PCdoB, o Comitê Central aprovou, em reunião virtual, resolução em defesa de uma das principais lideranças do partido, a ex-deputada Manuela d’Ávila, que vem sofrendo ameaças de criminosos contra ela e sua filha de apenas cinco anos.
A denúncia feita por Manuela nas redes sociais, no início do mês, sobre os ataques que tem recebido gerou uma ampla rede de apoio e solidariedade de personalidades e movimentos do campo político, social, artístico e cultural, bem como a realização, por parte de entidades sociais, de um abaixo-assinado que pede justiça contra os criminosos.
“As ameaças contra Manuela não são um fato isolado. Elas são parte central da estratégia neofascista bolsonarista de propagar o ódio, a intolerância, a desumanização e a naturalização da violência e da defesa do extermínio moral e físico dos adversários. As mulheres são alvo preferencial desses ataques. A violência de gênero, alicerçada na secular estrutura patriarcal brasileira, tem sido um artifício para perpetuar a exclusão das mulheres da participação política”, diz trecho da nota.
Leia a íntegra a seguir:
#ForçaManu: solidariedade à Manuela D’Ávila e punição aos criminosos!
No último dia 2, a ex-deputada federal Manuela D’Ávila noticiou novos ataques e ameaças dirigidos contra ela e sua família.Os criminosos ameaçaram, mais uma vez, matar Manuela e estuprar sua filha que tem cinco anos de idade. O Comitê Central do PCdoB repudia esta ação perversa, covarde e desumana, manifesta seu apoio e solidariedade à Manuela D’Ávila, à sua filha Laura e à sua família e exige rigorosa apuração e responsabilização dos autores.
As ameaças contra Manuela não são um fato isolado. Elas são parte central da estratégia neofascista bolsonarista de propagar o ódio, a intolerância, a desumanização e a naturalização da violência e da defesa do extermínio moral e físico dos adversários. As mulheres são alvo preferencial desses ataques. A violência de gênero, alicerçada na secular estrutura patriarcal brasileira, tem sido um artifício para perpetuar a exclusão das mulheres da participação política.
Na condição de pré-candidata à presidência da República pelo PCdoB e, posteriormente, como candidata a vice na chapa presidencial com Fernando Haddad (PT) nas eleições de 2018, Manuela percorreu o Brasil e por onde passou, muitas vezes acompanhada por sua filha Laura, mobilizou e sensibilizou milhares de jovens, mulheres e mães, pela força de suas ideias e por sua dedicada trajetória, de mais de 20 anos de militância por transformações sociais no Brasil. Foi nesse contexto, com o protagonismo que alcançou nas eleições presidenciais de 2018, que Manuela foi vítima da máquina bolsonarista de ódio e intolerância, e alvejada por milhares de notícias falsas – fake news.
Em 2020, foi ao segundo turno na disputa pela prefeitura de Porto Alegre e novamente vítima de violentos ataques por parte de outras candidaturas e de uma gigante rede de propagação de fake news. Em decisão inédita, a Justiça Eleitoral do Rio Grande do Sul determinou a exclusão de mais de meio milhão de compartilhamentos de notícias falsas sobre Manuela em redes sociais como o twitter, Facebook, Instagram e Youtube.
No último dia 10 de junho, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul decidiu por unanimidade manter a condenação do presidente do PTB, Roberto Jefferson, por danos morais em ação movida por Manuela D’Ávila. A ação contra o petebista trata de fotomontagem que ele divulgou no Twitter uma imagem falsa de Manuela com camiseta com a mensagem “Jesus Travesti”, além de tê-la chamado de “anticristo”.
Ainda em relação às eleições de 2020, dados publicados pelo relatório “MonitorA” (levantamento sobre violência política online em páginas e perfis de candidatas nas eleições municipais de 2020) revelaram que 90,6% de tuítes com mensagens ofensivas e odiosas no 2º turno das eleições municipais foram direcionadas à Manuela. No Instagram, 50,82% dos comentários ofensivos analisados foram dirigidos contra Manuela. Estamos diante de uma violência sem precedentes, que não pode, sob nenhuma hipótese, ser naturalizada.
Agora, para além de uma avalanche de mentiras, criminosos chegaram ao requinte da crueldade, mirando com ameaças uma criança.
O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) se solidariza com Manuela, uma das principais lideranças políticas do país e de nosso Partido, e desencadeia, juntamente com personalidades e lideranças do campo político, democrático e progressista, um movimento que exige das autoridades competentes a apuração rigorosa e a punição dos criminosos.
Esse movimento de solidariedade a Manuela e à sua filha se estende a todas as vítimas da odiosa perseguição que o bolsonarismo empreende contra aqueles e aquelas que se põem de pé e lutam em defesa vida e da democracia, da vacina e do auxílio emergencial, do emprego, da educação e dos direitos.
Manuela, que tem nos dado tanto, ao Brasil e ao povo, precisa agora de nossa ativa solidariedade e a terá!
Brasília 18 de junho de 2021
O Comitê Central do Partido Comunista do Brasil-PCdoB
(PL)