Bolsonaro chega a mil dias de governo com um Brasil marcado pela miséria, fome, alto índice de mortes por Covid, desemprego, aumento da inflação, descrédito internacional, risco de apagão, baixa popularidade, mais de 130 pedidos de impeachment e com parcela da população se mobilizando para ir às ruas contra seu governo no próximo dia 2 de outubro.

São 14, 7 milhões de brasileiros na extrema pobreza, 14,4 milhões de desempregados, 19,1 milhões de famintos, quase 600 mil mortos por Covid-19, novo aumento de combustíveis, inflação corroendo a renda dos brasileiros, além de ameaças antidemocráticas recorrentes do presidente da República, avanço da agenda de privatizações, desmonte de políticas públicas e destruição do meio ambiente.

Deputados do PCdoB lamentaram o rastro de devastação do (des)governo Bolsonaro. “Retrocesso de direitos, aumento da cesta básica, perda de estatais, Mapa da Fome, recorde de desmatamento, mais de 590 mil mortos pela Covid-19, preços abusivos, descrédito internacional. O saldo dos mil dias de desgoverno Bolsonaro é tão desastroso que não cabe num tuíte”, comentou o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA).

O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) ironizou Bolsonaro e seu “sincericídio” ao discursar nesta segunda-feira (27) em cerimônia alusiva aos mil dias de seu governo. Na ocasião, o presidente afirmou que “nada não está tão ruim que não possa piorar”. Para Orlando, foi o primeiro momento de honestidade de Bolsonaro em seu governo.

“No evento que comemora os mil dias de governo, Bolsonaro comete sincericídio e lança novo slogan: Nada é tão ruim que não possa piorar. São mil dias desgraçando o Brasil com um rastro de devastação inédito. 600 mil mortos por Covid, inflação de 2 dígitos, 15 milhões de desempregados, 2 milhões de famílias a mais na extrema miséria, economia na lona, juros em escalada, crises políticas diárias”, elencou o parlamentar.

Vice-líder da Oposição, a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC) criticou o governo Bolsonaro. A parlamentar listou parte dos prejuízos causados pelo presidente no período.

“MIL DIAS DE DESGOVERNO: – gasolina a preço do dólar; – talão de luz mais caro; -alta da inflação; – dólar nas alturas; – carne sumiu da mesa dos brasileiros – racionamento de energia; – 15 milhões de desempregados; – 2 milhões de famílias na extrema pobreza; – 800 mil pequenas empresas fechadas”, lamentou.

Mas Bolsonaro chega aos mil dias de mandato pressionado e com queda em sua popularidade — 53% avaliam a gestão como ruim ou péssima, segundo os institutos Ipec e Datafolha —, rodeado de crises e investigações no Supremo Tribunal Federal (STF) e na CPI da Covid. Além disso, no próximo sábado (2), protestos estão marcados em todo o país para intensificar os pedidos pelo fim de seu governo.

“Contra fatos não há argumentos. Bolsonaro piorou demais a vida no Brasil. Dia 2 é povo na rua pelo impeachment já”, destacou a vice-líder da Minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

 

Por Christiane Peres

(PL)