Flávio trava nomeação de corregedor da Receita para indicar cúmplice
O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), “o 01”, e Bolsonaro, o rei da rachadinha e da lavagem de dinheiro, travaram a indicação do novo corregedor da Receita Federal porque quer o cargo para alguém indicado por ele.
Tem tanto rabo preso que precisa de alguém de sua intimidade para livrá-lo das garras da Receita.
Quando o Ministério Público do Rio ainda podia investigar seus crimes, descobriu que ele lavava dinheiro com a milícia de Rio das Pedras, com a loja de chocolate que possuía num Shopping da Barra da Tijuca e com compra e venda irregulares de imóveis. Depois disso, a direção e servidores da Receita passaram a ser perseguidos, o Coaf foi desmontado e a própria investigação foi paralisada.
A Justiça determinou a suspensão das investigações porque o senador alegou direito ao foro privilegiado. Os crimes investigados, ou seja, corrupção passiva, desvio de recursos da Assembleia Legislativa do Rio, lavagem de dinheiro e organização criminosas, teriam sido cometidos quando ele era deputado estadual no Rio. A mãe e a ex-mulher do chefe da milícia de Rio das Pedras, Adriano da Nóbrega, eram funcionárias fantasmas de seu gabinete. Elas devolviam uma parte dos recursos para o deputado e a outra para o chefe da milícia (veja detalhes abaixo).
O ministro da Economia, Paulo Guedes, outro que precisa ocupar o cargo também, pelos mesmos objetivos do “01”, assinou, em 7 de julho, uma portaria nomeando o auditor-fiscal Guilherme Bibiani para o cargo, num mandato de três anos. Por conta de pressões do filho do presidente, até agora o Diário Oficial não publicou a portaria. O “01” quer que a cadeira seja ocupada por um auditor de sua confiança, Dagoberto Lemos.
Flávio Bolsonaro é investigado no esquema de lavagem de dinheiro conhecido por “rachadinha”. Quando era deputado, contratava funcionários fantasmas que além de não trabalhar, devolviam parte do salário para o deputado. Quem recolhia o dinheiro era a ex-mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Vale. Depois, coma separação do casal, o esquema criminoso passou para as mãos dos filhos, Flávio e Carlos Bolsonaro. Foi nesta ocasião que Fabrício Queiroz, assessor de Flávio, ligado à milícia e comparsa de Jair Bolsonaro, passou a operar o esquema fraudulento.
Segundo o Ministério Público do Rio, ele teria desviado cerca de R$ 6 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. O valor, coincidentemente, é o mesmo pago por ele pela mansão de luxo que comprou no Lago Sul de Brasília no início deste ano. Agora, mais recentemente, seu irmão mais novo Jair Renan e a própria Ana Cristina Vale também compraram uma outra mansão de luxo igualmente localizada na zona nobre da capital federal.