Flávio Dino: O Maranhão que enfrenta o coronavírus
Estamos enfrentando um inimigo grave e real: o coronavírus. No momento em que escrevo, chegamos próximos a cem casos confirmados, com dois óbitos [publicado originalmente no último domingo (5)]. Os desafios que são impostos nesse contexto de pandemia revelam a força institucional do Estado como principal agente para equacionar as ações de enfrentamento, a partir da união de esforços com Igrejas, entidades e empresas. A muitas mãos, temos avançado na viabilização da infraestrutura necessária para enfrentarmos a crise sanitária que se impõe, especialmente diante da confusão no plano federal.
Por Flávio Dino*
Agradeço às dezenas de empresas e pessoas que estão nos ajudando a superar esse momento, doando produtos e serviços a fim de que haja garantia de condições adequadas de trabalho aos nossos profissionais da saúde, a quem reforço nosso agradecimento por todo o empenho e dedicação.
Graças ao trabalho árduo de nossas equipes, chegamos até aqui com o novo Hospital de Cuidados Intensivos(HCI) equipado para atendimento exclusivo de casos de coronavírus, além de mais leitos de internação e de UTI também nos Hospitais Carlos Macieira e Genésio Rêgo, em São Luís, e nos Macrorregionais e Regionais em outras cidades.
Reforçamos, também, o Laboratório Central do Maranhão para dar maior celeridade aos resultados de exames. Realizamos processo seletivo para mais de mil novos profissionais de saúde, que já estão iniciando suas atividades. Temos investido na compra de equipamentos de proteção individual (EPI), apesar das dramáticas dificuldades que enfrentamos quanto à indisponibilidade dos itens no mercado nacional e internacional, até mesmo de respiradores. Mas não estamos medindo esforços, inclusive adotando compras coletivas com outros Estados, para garantir que nada falte.
Essa limitação de insumos para proteção dos profissionais e cuidados com os pacientes reforça a importância das medidas restritivas. É preciso que haja controle no aumento de casos para que os sistemas de saúde, tanto público quanto privado, tenham condições de absorver os pacientes que precisam de cuidados hospitalares. A diminuição da circulação de pessoas é nossa única arma de prevenção ao coronavírus. Estamos falando de vidas que podem ser salvas com atos de conscientização. Não podemos errar agora, ou então, como vimos exemplos ao redor do mundo, vamos pagar um preço caro e irreparável.
Todas as medidas que anunciei na sexta-feira (3) derivam das análises dos profissionais de saúde, que nos alertam para as próximas semanas como as decisivas. Vejam que, infelizmente, já há estados brasileiros em que a rede hospitalar está próxima à saturação, uma vez que em nenhum país do mundo há a capacidade de atender tantos doentes ao mesmo tempo.
No plano social, agradeço ao Corpo de Bombeiros, que tem sido decisivo com a distribuição de cestas básicas às famílias em situação de vulnerabilidade. Também temos assegurado o acolhimento à população em situação de rua. Ressalto que tenho cobrado diariamente o início do pagamento da Renda Básica pelo Governo Federal, em cumprimento à Lei Suplicy, aprovada pelos deputados federais e senadores.
É um momento terrivelmente difícil, mas estou plenamente dedicado, com seriedade e responsabilidade, para preservarmos a vida dos maranhenses. Seguiremos o caminho do cuidado, respeito e da garantia de direitos, como agimos até aqui na construção de um Maranhão melhor para todos. E confio que, juntos, vamos vencer essa batalha! Que Deus esteja com todos nós.
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