Flávio Dino intensifica medidas de distanciamento social

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), anunciou medidas para intensificar a
quarentena no estado, cumprindo a decisão da Justiça que decretou bloqueio total (lockdown)
em algumas cidades do estado.
“Desde logo, informo que evidentemente a decisão do Judiciário será cumprida. Esclareço,
contudo, que ATIVIDADES ESSENCIAIS, como alimentação e remédios, continuarão ABERTAS”,
disse Dino pelo Twitter.
Entre as medidas anunciadas por Dino estão:
Suspensão das aulas por todo mês de maio; Suspensão quase completa de entrada e saída de
carros em São Luís, com exceção para caminhões de abastecimento; Apenas serviços
essenciais permanecerão abertos como farmácias e supermercados; Proibição de carros
estacionados em áreas de lazer, onde não haja serviços essenciais; Imposição de regras de
controle sanitários para feiras e aumento de multa para agências bancárias que não organizem
o atendimento a clientes.
Flávio Dino informou que quem não cumprir as medidas de restrição e as determinações
judiciais poderá ser punido.
“Quem insistir no cumprimento apenas de orientações políticas, insensatas, estará
simultaneamente infringindo normas estaduais e descumprindo a decisão do Poder Judiciário”,
advertiu o governador maranhense.
A Justiça do Maranhão decretou na quinta-feira (30 de abril) lockdown (bloqueio total) em
quatro cidades do estado: São Luís, São José do Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa.
Flávio Dino disse que irá implantar barreiras policiais para garantir o cumprimento da decisão
judicial que estabeleceu o bloqueio total na região metropolitana de São Luís.
O juiz Douglas Martins, titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos da Comarca da Ilha de
São Luís, determinou lockdown a partir de 5 de maio, por ao menos 10 dias. A medida foi
tomada por conta do aumento na contaminação da Covid-19 e da alta ocupação hospitalar de
pacientes com o novo coronavírus
Até agora o estado registra 3.506 casos confirmados e 204 óbitos, de acordo com o último
balanço divulgado pelo Ministério da Saúde.
As forças de segurança do estado só permitirão, por exemplo, a circulação de trabalhadores de
serviços essenciais nas principais avenidas de São Luís, a exemplo de profissionais de saúde.
“Não há necessidade de corrida para compra de alimentos, os estabelecimentos que vendem
comida estarão todos abertos. Não se aglomerem sem nenhuma racionalidade em
supermercados e feiras, pois estarão abertos assim como as farmácias”, alertou Flávio Dino.