Flávio Dino: é preciso dar sentido de esperança para a população
O governador do Maranhão, Flávio Dino, participou, na noite de quinta-feira (25) de debate da revista Fórum sobre o cenário nacional, o governo Bolsonaro, 2022 e a soberania energética do país.
Ao analisar a forma como age Bolsonaro, o governador observou: “O fascismo só tem compromisso com a destruição. O resto, não tem compromisso com nada. Ele (Bolsonaro) não é uma pessoa que leva as coisas a sério”.
Sobre as próximas eleições presidenciais, Flávio Dino explicou que “só existe 2022, para nós, da esquerda, atravessando 2021”, e agregou: “a gente tem uma agenda para agora, que é a agenda real do povo, do desemprego, das desigualdades sociais, da pandemia, da vacina, do custo de vida, a inflação de alimentos”. E completou dizendo que tem se dedicado “à catequese da unidade”.
O governador disse ainda que “é preciso dar sentido de esperança para a população; porque não basta que a gente diga que o Bolsonaro não presta. As pesquisas mostram que a maioria do povo sabe disso, mas é preciso que a gente diga qual é o caminho, se não, ele vai ficando por inércia”.
Projeto nacional
Do ponto de vista da defesa de um projeto nacional de desenvolvimento, Flávio Dino destacou: “Estamos no campo da nação, somos patriotas de verdade, não desse patriotismo farisaico”, da “turma que veste verde e amarelo, mas no fundo tem horror ao povo brasileiro e à nossa nação”.
O governador completou dizendo: “Queremos o Brasil justo, soberano, e por isso defendemos a soberania energética, enquanto outros querem entregar tudo, que é esse projeto que aí está”.
Flávio Dino explicou que “a alienação das nossas refinarias é algo profundamente equivocado, danoso e lesivo à economia nacional e à população. A capacidade de refino do Brasil, que já é, a estas alturas, bastante prejudicada, vai ficar ainda mais no sentido da soberania energética. Nenhum país que tenha um projeto nacional sacrifica a sua capacidade de refino como se anuncia aqui”.
O governador também falou sobre a tributação no país e destacou: “defendemos um sistema tributário mais eficiente e mais justo; este que temos, não é justo. Precisamos sim de uma reforma tributária progressiva”.
O governador apontou que “a tributação indireta é socialmente injusta porque não leva em conta a capacidade contributiva de quem está comprando o produto”, por isso, “tem que tributar as grandes heranças, os grandes patrimônios, as fortunas, lucros e dividendos — essa é a reforma tributária justa”.
Assista a íntegra da entrevista:
Por Priscila Lobregatte