Flávio Dino e Egle Martins, a primeira vacinada

Durante a cerimônia que deu início à vacinação contra a covid-19 no Maranhão, realizada na noite desta segunda-feira (18) em São Luís e transmitida ao vivo pela internet, o governador do estado, Flávio Dino (PCdoB), destacou o papel do SUS, da ciência e de seus trabalhadores e profissionais na conquista do imunizante. O Maranhão recebeu, nesta primeira remessa, 164 mil doses. O governo do estado espera que até quarta-feira (20), todos os municípios maranhenses tenham condições de vacinar os públicos pré-definidos. Conforme pesquisa da Fiocruz, o Maranhão é o estado com menos mortes causadas pela Covid-19 no Brasil.

“Nosso agradecimento, em primeiro lugar, a todos os cientistas e profissionais de saúde que fazem o SUS no Brasil. Minha primeira homenagem é ao Sistema Único de Saúde, que salvou e salva, todos os dias, milhões de vidas. Durante muitas décadas, essa construção institucional sensacional do Brasil foi muito atacada. Houve até quem quisesse privatizá-lo. E nós tivemos, nessa pandemia — e estamos tendo — a demonstração de que o sistema público saúde, os servidores e servidoras públicos do Brasil, estão sendo exemplares. Se estamos aqui, devemos isso ao SUS”, declarou.

O governador também salientou: “Tenho lutado para que consigamos pautar a importância de uma ação diplomática organizada, articulada, entre o governo federal e governos dos estados para que tenhamos o destravamento, sobretudo, na fabricação da vacina no Brasil. Temos o Butantan, temos a Fiocruz, temos outros laboratórios que podem fabricar vacinas e isso é vital para que tenhamos milhões de brasileiros, de maranhenses, vacinados”.

Flávio Dino também apontou que ainda nesta semana ocorrerá reunião dos governadores para cobrar que haja, por parte do Ministério da Saúde, a definição das datas das próximas etapas da imunização.

O governador salientou que, mesmo com o início do processo de vacinação, a luta contra o coronavírus está longe de acabar e que “a vacina não substitui as medidas preventivas”, que continuam sendo “essenciais para que não haja crescimento do coronavírus em nosso estado”.

Com relação à crise em Manaus e à ajuda do Maranhão, Flávio Dino enfatizou: “Temos de ter esse sentimento de que cada ser humano que sofre é um problema nosso. Não é por ser em outro estado que não temos nada a ver com isso. Mesmo que fosse em outro país, teríamos de nos preocupar”. E pontuou: “somente autoridades desumanas, irresponsáveis, podem dizer que não têm nada a ver com isso. Consideramos que é nosso papel. Temos de transformar essas lágrimas em impulso e é isso que temos feito”.

Ao finalizar seu discurso, o governador destacou que o início da vacinação “é uma grandiosa conquista” e que “mesmo que falte muito, mesmo que os raios de sol despontem ainda muito tênues no horizonte, eles existem. O sol vai brilhar e a gente vai romper esse ciclo de trevas que infelizmente a nossa geração está atravessando”.

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Por Priscila Lobregatte