O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) esteve em São Paulo neste sábado (10) e concedeu entrevista ao Portal Vermelho. Na conversa, fala do significado de sua reeleição no estado, classifica sua vitória como resultado da constituição de uma aliança ampla e uma gestão que procurou valorizar as pessoas. Flávio Dino também comenta sobre a eleição presidencial.
Confira a íntegra da entrevista:

Flávio Dino atribui a vitória eleitoral no estado aos êxitos administrativos alcançados e também a ampliação política.  “Conseguimos ampliar serviços públicos e direitos, apesar da profunda crise fiscal que o Brasil atravessa, fruto dessa brutal recessão econômica que nós estamos vivendo. De outro lado, claro, os êxitos políticos”.
“O fato de nós termos conseguimos manter a amplitude necessária a compreender que não é o PCdoB sozinho que  governa, ou que tenha o monopólio da verdade e da virtude, cabe o PCdoB, como nós fizemos em nosso estado, respeitar outras forças políticas dialogar, ter abertura. Conseguimos que 16 partidos, mas também movimentos sociais, lideranças da sociedade, empresariais, religiosos expressivos defendessem a nossa candidatura e aí atributo o resultado tão positivo de termos pela segunda vez conseguindo vencer no primeiro turno.
Flávio Dino também comentou um dado divulgado neste sábado (10) que aponta que o estado do Maranhão liderou o crescimento econômico no país, com alta de 9,7% do PIB. O número é quase 10 vezes acima da média nacional. O governador também comentou sobre o processo de transformação do estado e a perspectiva de avanço para uma sociedade mais justa.
Sobre a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) na disputa presidencial, o governador ressaltou a derrota do candidato nos nove estados do Nordeste, mas afirma que todos devem acatar a decisão soberana do povo brasileiro. Sobre o comentário do extremista de varrer governos esquerdistas, Flávio Dino respondeu que quem pode varrer o campo popular dos governos ou dos estados do nordeste ou de qualquer outro estado da federação é o eleitorado. “Não existe possibilidade constitucional de existir esse tipo de abordagem na prática”.
Segundo Flávio Dino, a saída para o campo popular continuar existindo no país é a construção de uma frente democrática ampla “com todos que acreditam no Brasil, independente de prismas ideológicos, mas que coloquem o Brasil, a ordem democrática, a Constituição na frente e fazer uma articulação que garanta que não haja retrocessos e que a gente consigamos sair da pior crise da história preservando o direito dos mais pobres”.