Flávio Dino: Cuida de verdade da economia quem cuida da saúde
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), em entrevista ao podcast Primeiro Café nesta quinta-feira (21), falou sobre o enfrentamento à covid-19, as perspectivas com a vacina e sobre a gestão do governo do estado que tem conseguido garantir índices relativamente positivos no combate à doença em relação ao restante do país, ao mesmo tempo em que tem dado passos importantes na geração de emprego e renda em meio à crise.
Pesquisa da Fiocruz divulgada neste mês mostra que o Maranhão é o estado com menos mortes por 100 mil habitantes causadas pela Covid-19 no Brasil. Nesta semana, conforme dados aferidos pelo consórcio de veículos de comunicação sobre a doença no país, o Maranhão está em estágio desacelerado.
Além disso, o Maranhão gerou mais de 18 mil novos postos formais de trabalho, de janeiro a outubro de 2020, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), e apresentou 3,92% de crescimento no saldo acumulado de empregos formais, sendo o sexto melhor do Brasil e o primeiro do Nordeste neste quesito.
“É falsa a dicotomia entre saúde e economia. Cuida de verdade da economia quem cuida da saúde”, disse o governador durante a entrevista. Ao tratar dos dados do Caged, declarou que “cuidar da saúde é premissa para conseguir manter as atividades econômicas que são decisivas para a nossa população”.
Com relação ao combate à pandemia no estado, Flávio Dino explicou: “Temos um trabalho organizado em âmbito estadual, desde o início, voltado para a conjugação de medidas preventivas com medidas assistenciais”. Ele elencou a adoção de ações de distanciamento social, lockdown, ampliação da rede assistencial de saúde — inauguração de leitos e de unidades, ampliação de hospitais — e oferta de testagem, entre outras. “Creio que esse é o caminho principal que explica esses indicadores. Não podemos, em meio a essa tragédia, falar de indicadores positivos, mas seguramente de indicadores que mostram uma maior eficiência, dentro do possível, no combate a essa terrível pandemia”, colocou.
Com relação à vacinação, salientou: “a rigor, nós ainda não temos uma campanha nacional de vacinação em curso no Brasil, tendo em vista o baixo volume de vacinas ofertadas. Portanto, precisamos ampliar muito”.
Flávio Dino destacou ainda: “estamos com a expectativa de que essas várias gestões diplomáticas feitas por várias instituições, governadores, presidente da Câmara, pelo próprio governo federal — que, ontem, acordou para aquilo que estamos dizendo há meses — resultem na entrega de insumos para o Butantan porque essa é a garantia hoje, objetivamente, da continuidade da vacinação para que a gente possa falar de uma campanha”. E completou: “Seis milhões de doses — ou seja, vacinar 3 milhões de pessoas — num país de 210 milhões, obviamente é muito pouco para produzir efeitos epidemiológicos e efetivamente caminhar para o nosso objetivo que é a erradicação da doença”.
Confira a íntegra da entrevista.
Por Priscila Lobregatte