Covshield

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmou que negocia com o Instituto Serum, da Índia, a compra de novas doses da vacina desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca e Universidade de Oxford. Segundo a fundação, a compra de cerca de 10 milhões de doses ocorreu devido à dificuldade para a importação dos insumos para a produção da vacina no país.

O primeiro lote de dois milhões de doses da Covishield (como é chamada a vacina produzida na Índia) chegou ao Brasil na noite de sexta-feira (22), e foi distribuído para os estados para complementar a campanha iniciada pela CoronaVac.

Em nota, a Fiocruz explica que “estariam sendo negociadas doses adicionais” importadas da Índia. “O processo conta com o apoio do governo da Índia e da AstraZeneca, que vem colaborando em todo o esforço de antecipação das vacinas frente às dificuldades alfandegárias para exportação do IFA na China”, afirma a Fiocruz.

Nesta segunda-feira (25), Suresh Jadhav, diretor executivo do Instituto Serum afirmou ao canal “CNN Brasil’ que serão enviadas 10 milhões de doses ao país. Ele explicou que a prioridade indiana segue sendo os países vizinhos e outros que ainda não tiveram acesso à vacina, mas uma vez que essa necessidade estiver suprida, deve levar uma semana para as doses chegarem ao Brasil. “Mais tardar até o mês que vem”, disse Jadhav.

SINALIZAÇÃO

Nesta segunda-feira (25), a Fiocruz divulgou nota afirmando haver uma “sinalização” de que o envio da China do primeiro lote de insumo para a fabricação de 7,5 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca seja feito em 8 de fevereiro.

De acordo com a nota, ainda não há confirmação da data para a remessa do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), que depende de aval das autoridades chinesas para que seja exportado.

“Há uma sinalização de 8 de fevereiro para envio da carga, mas ainda sem confirmação, já que a licença para exportação, a ser concedida pelas autoridades chinesas, segue pendente”, finaliza a nota

Na semana passada, a Fiocruz confirmou o adiamento das doses de vacina que seriam envasadas no país. O novo prazo previsto pela fundação é o mês de março.

Segundo o cronograma inicial da Fiocruz, até o fim de fevereiro, 30 milhões de doses deveriam estar disponíveis ao SUS.