O vice-presidente nacional do PCdoB e novo presidente da Fundação Maurício Grabois, Walter Sorrentino, fala em debate com o presidente da UJS, Rafael Leal, com mediação da vice-presidente do PCdoB na Bahia, Daniele Costa.

O evento contou com a presença do presidente da UJS, Rafael Leal, o vice-presidente do PCdoB, Walter Sorrentino, e teve a mediação da vice-presidente do PCdoB-BA, Daniele Costa.

Em um contexto global de incertezas econômicas e sociais, o debate sobre os sistemas político-econômicos ganha ainda mais relevância. Neste sábado, dia 23 de março, o Festival Vermelho, evento político e cultural, sediou mesa de debate com o tema “Socialismo, Alternativa ao Capitalismo em Crise”. O evento contou com a presença de líderes políticos, como o presidente da União da Juventude Socialista (UJS), Rafael Leal, o vice-presidente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Walter Sorrentino, e teve a mediação da vice-presidente do PCdoB na Bahia, Daniele Costa.

O salão da Chácara Baluarte, no bairro Santo Antônio Além do Carmo, foi palco de um diálogo sobre os modelos econômicos e políticos que moldam a sociedade contemporânea. Com uma plateia diversificada, composta por estudantes, militantes, representantes de movimentos sociais, a mesa de debate promoveu reflexões sobre os desafios e possibilidades de um sistema socialista como alternativa viável diante das crises recorrentes do capitalismo.

Walter Sorrentino, vice-presidente do PCdoB, iniciou as discussões destacando a necessidade de repensar as estruturas socioeconômicas diante das crescentes desigualdades e injustiças. Sorrentino argumentou que o socialismo oferece um paradigma alternativo, baseado na justiça social, na distribuição equitativa de recursos e na participação democrática dos cidadãos na tomada de decisões políticas e econômicas.

“Nós, comunistas, quando operamos, nunca esquecemos o que nós passamos. A nossa luta pelo socialismo vem de muito longe. Nós precisamos do chão no presente, nós precisamos do futuro, porque nós nos propomos a superar aquilo que se vive, que é o sofrimento das pessoas comuns, a falta de liberdade, de direitos, e da injustiça. Quer dizer, nós estamos a superar sistemicamente o regime capitalista envolto em contradições que não são solucionadas no âmbito do próprio sistema”, inicia. “É um regime que por natureza intrínseca se desenvolve por crises. Alternativa a isso é o regime socialista, é assim que pensamos. Mas nós, comunistas, buscamos encontrar o lugar para a crítica concreta, onde o mundo está vivo”.

Por sua vez, Rafael Leal, presidente da UJS, enfatizou a importância de resgatar os ideais socialistas como uma resposta aos impasses do capitalismo contemporâneo. Leal argumentou que o socialismo não apenas oferece uma alternativa viável, mas também é essencial para enfrentar os desafios urgentes, incluindo a concentração de riqueza.

“Nós temos feito profundas reflexões sobre esse momento histórico. E acho que uma das grandes questões que nós temos identificado é não pode ser a extrema direita a oferecer uma narrativa totalizante que apresente uma alternativa a esse mundo que está ruindo. E a impressão que eu tenho hoje, e para dialogar com você, é que meio que nós estamos envolto nesse mundo que está ruindo e não estamos conseguindo ser o polo que apresente uma saída revolucionária a todos os descontentamentos que esse neoliberalismo provocou ao povo”, introduz Rafael.

“E eu acho que nós temos todos os ingredientes para poder virar esse jogo, no sentido que nós temos a China emergindo com um novo modelo de sociedade dirigido pelo Partido Comunista, que pode ser um insumo de propaganda do socialismo para a nossa juventude, para o nosso povo que está sem perspectiva. Eu concordo e assino embaixo quando Walter [Sorrentino] diz que nós precisamos recuperar as narrativas totalizantes. Não podemos deixar que só a extrema-direita tenha um projeto de nação. Então nós também precisamos ter o nosso projeto de nação em oposição à dominação imperialista”, conclui Leal, sinalizando, ainda, para o aniversário de 40 anos da UJS.

Daniele Costa, vice-presidente do PCdoB na Bahia, conduziu o debate de forma dinâmica, garantindo a pluralidade de ideias. Costa ressaltou a importância de construir pontes entre diferentes setores da sociedade em busca de soluções colaborativas e inclusivas, e concluiu o debate afirmando: “A revolução será feminista ou não será. A revolução será antirracista, ou não será. A revolução será anticapitalista, ou não será! À luz do socialismo, seguimos juntos, unidos, fortes e atuantes”.

(da Redação)