O chefe da Defesa Civil da Itália, Angelo Borrelli, anunciou na sexta-feira, 3, que o confinamento será prorrogado, pelo menos, até o dia 2 de maio. O país registra o maior número de mortos pelo novo coronavírus em todo o mundo, com 13.915 óbitos, além de 115.242 casos confirmados.

“Infelizmente não acredito que essa situação tenha passado até 1º de maio, precisamos ser extremamente rigorosos e avaliar a situação diariamente”, disse Borrelli em entrevista à rádio pública RAI 1.

A Itália está praticando isolamento desde o dia 9 de março, o que inclui a suspensão das aulas e os serviços não essenciais. Todos os eventos foram cancelados e o uso do transporte está rigorosamente controlado, até mesmo o transporte de mercadorias.

O país analisa a forma de sair do confinamento quando o número de novas infecções estiver próximo a zero em todo o território. Seria feito de forma gradual. De acordo com especialistas, esse processo pode iniciar-se entre 5 e 16 de maio. O fim do confinamento estava previsto para o dia 13 de abril.

Durante a entrevista, Borelli considerou que “o coronavírus mudará a abordagem em relação aos contatos humanos e interpessoais”. “Teremos que manter distância por algum tempo”, constatou.

“Devemos aplicar medidas firmes e cautelares, porque a possibilidade de retorno do vírus não está excluída, como demonstram as novas medidas na China”, disse.

O primeiro-ministro, Giuseppe Conte, reforçou as medidas frisando que o retorno do país a suas atividades tem que ser gradual.