Nação asiática cresce com base na planificação e investimento público em ciência e tecnologia

As exportações da China bateram um novo recorde no mês de novembro, registrando a elevação de 21,1% em relação ao ano anterior, o ritmo mais forte desde fevereiro de 2018, apontam dados da alfândega do país desta segunda-feira (7).

Impulsionada pelo crescente apoio fiscal, e no desenvolvimento científico e tecnológico, a nação asiática consegue enfrentar a crise provocada pela pandemia e seguir se desenvolvendo, conforme aponta a sua Oficina Nacional de Estatísticas.

Ao adotar o caminho oposto ao da maior parte das economias mais avançadas, que seguem mergulhados no maior declínio mundial desde a Grande Depressão dos anos 1930, o país potencializa o mercado interno, a geração de emprego e renda, o que também faz superar com força a expectativa dos que previam a expansão de 12% e acelerou ante a alta de 11,4% em outubro.

Ao apoio interno se soma a força exportadora – que vem se expandindo – com apoio em produtos relacionados ao combate à pandemia.

Do outro lado da balança, as importações avançaram 4,5% no mês de novembro em comparação com o mesmo mês do ano anterior, contra crescimento de 4,7% em outubro, registrando o terceiro mês seguido de aumento.

Os fortes embarques levaram a um superávit comercial em novembro de US$ 75,42 bilhões, apontaram os registros da Refinitiv (fornecedora global de dados e infraestrutura do mercado financeiro, que atende 40 mil empresas de 190 países). Também superou a expectativa em pesquisa de superávit que previa US$ 53,5 bilhões.

As exportações da China foram sustentadas pela forte demanda externa por equipamentos de proteção individual (EPIs) e produtos eletrônicos para trabalhar de casa, assim como a demanda sazonal do Natal, afirmaram analistas do Nomura.

Neste ritmo, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês crescerá 1,9% em 2020, conforme reconhece o próprio Fundo Monetário Internacional (FMI), enquanto a projeção é de que as economias emergentes e desenvolvidas despenquem 5,8% em termos médios. Além disso, o FMI prognostica que a elevação do PIB da China chegará a 8,2% em 2021.