Memorial em Washington faz homenagem aos 700 mil que perderam a vida na pandemia.

Os Estados Unidos superaram na sexta-feira (1) a marca de 700.000 mortes por covid-19, conforme dados da Universidade Johns Hopkins. Em termos absolutos, os EUA somam 700.258 mortes, o número mais elevado do mundo.

O Brasil é o segundo país do mundo com mais óbitos causados pelo novo coronavírus, são 597.255 mortes, segundo a Johns Hopkins. Em seguida, a Índia aparece como a terceira nação mais afetada em mortes pela doença: são 448.339 óbitos já registrados.

Os EUA têm menos de 5% da população mundial, mas respondem por 14,5% das mortes por covid-19 oficialmente notificadas. Estima-se que 70 milhões de norte-americanos elegíveis continuam sem se vacinar contra a doença, fornecendo à variante delta, um terreno fértil para continuar a proliferar no país.

Apesar da disponibilização de vacinas, o país ainda tem um alto índice de pessoas que ainda não tomaram sequer a primeira dose devido às campanhas anti-vacina do negacionismo trumpista, principalmente. Os Estados Unidos também enfrentam outro surto de infecções, hospitalizações e mortes alimentadas pela variante Delta – altamente transmissível e em grande parte impulsionada por pessoas não vacinadas.

Durante o período inicial da pandemia, sob a administração Trump, o negacionismo predominou largamente, com o presidente em campanha permanente contra uso de máscaras e afastamento social, além da ausência de uma política nacional para enfrentar o vírus. Ainda sob Trump, foram realizadas campanhas de vacinação, que, contudo, perderam força com a rejeição de parte da população em se vacinar, marcadamente nos estados onde o ex-presidente tem mais peso eleitoral.

Atualmente o governo Biden tem afirmado que essa é, agora, uma “pandemia dos não vacinados”. Defato, dos 100 mil mortos por Covid desde junho último, apenas cerca de 2 mil tinham sido vacinados.

No momento, 64% da população americana, ou seja, 215 milhões de pessoas, recebeu ao menos uma dose das três vacinas autorizadas no país, segundo as autoridades de saúde.

Vários governadores republicanos, como os do Texas e da Flórida, tentaram proibir a obrigação de uso da máscara com base no suposto respeito pelas liberdades individuais. Em contraste, na Califórnia, vacinações obrigatórias para todos os estudantes foram anunciadas na sexta-feira (1).

O país atingiu a marca de 100 mil vidas perdidas pela covid-19 em maio do ano passado. O número dobrou em setembro, e em dezembro os EUA superaram 300 mil mortes. Já no mês seguinte, em 19 de janeiro, foi alcançada a marca de 400 mil óbitos. Em fevereiro de 2021, o país superou a contagem de 500 mil mortos.