EUA retira funcionários de embaixada e investe contra jogos de Pequim
O Departamento de Estado dos EUA diz que suas embaixada e consulados devem autorizar a saída de seus funcionários da China, sob pretexto da “situação epidêmica da China”, informa o portal chinês Global Times.
Para especialistas chineses essas táticas expõem ainda mais a verdadeira intenção de Washington de sabotar os Jogos Olímpicos de Inverno e sua política mal-intencionada e inconsistente com o país socialista em franco desenvolvimento e alto nível de estabilidade.
Desde o inicio da epidemia do novo coronavírus em janeiro de 2020, os Estados Unidos anunciaram unilateralmente o fechamento temporário de seu consulado em Wuhan, Província de Hubei, centro da China, e fizeram retornar seus funcionários.
Além disso, recentemente, o país vem realizando uma série de atos para instigar e sabotar os Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim.
A CNN repercutiu, na quarta-feira (26), que a missão diplomática dos EUA na China solicitou formalmente ao Departamento de Estado que concedesse aos diplomatas americanos “saída autorizada”, permitindo que eles e suas famílias deixassem o país em meio às medidas de contenção da COVID-19 aparentemente cada vez mais rígidas da China, citando fontes não identificadas.
A agência Reuters também disse que o Departamento de Estado está considerando esse plano, apesar dos os rigorosos protocolos COVID-19 que a China vem adotando antes dos Jogos Olímpicos de Inverno.
A China expressou sua grande preocupação e insatisfação aos órgãos diplomáticos dos EUA, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, na quarta-feira, observando que a China é, sem dúvida, o país mais seguro no momento. Evacuar o pessoal dos EUA do lugar mais seguro do mundo só os exporá a riscos muito maiores de infecção.
De acordo com dados do Worldmeters, um site de estatísticas em tempo real, até a quinta-feira (27), os EUA tinham mais de 74 milhões de casos de infecção por coronavírus e um número de mortos de 910.104 (até 1º de fevereiro). A mídia dos EUA informou que cidades e Estados norte-americanos ainda estão lutando com uma alta demanda por serviços hospitalares devido à disseminação da variante Ômicron e, neste dia 27, houve 789.789 novos casos confirmados e 1.583 novas mortes.
Tudo isso quer dizer que cerca de 2.000 americanos estão morrendo de COVID-19 todos os dias, aumentando a partir de dezembro, segundo o Worldmeters.
Em contraste, 4.636 pacientes morreram como resultado das infecções pelo vírus em toda a China desde o início da pandemia. E o número permaneceu inalterado por quase um ano, informou a agência de notícias Xinhua, no sábado (22).
Considerando a série de provocações feitas recentemente pelos EUA, seu objetivo não é minorar problemas com o coronavírus ou mesmo preservar diplomatas, que correm perigo exponencialmente maior em seu país de origem do que na China. O que buscam, sim, é causar pânico público, manchar as conquistas da China no combate à pandemia e perturbar os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, assinalaram analistas.
“O que os EUA querem, quando você está se preparando para uma ocasião feliz, é causar o caos propositalmente”, afirmou Li Haidong, professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Relações Exteriores da China, observando que, aos olhos dos EUA, os Jogos Olímpicos de Inverno não são um grande evento esportivo, e o trabalho de prevenção da China não é a ação regular de “um país normal”, e todas essas são medidas para a China expandir sua influência.
O professor frisou que “quando o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, se referiu – em uma série de palestras – à abordagem do governo dos EUA em relação á China, ele usou um velho ditado que diz que ‘Se você não está à mesa, você está no cardápio’”.
Li disse que essa é a lógica dos EUA e, para não ajudar a China nas Olimpíadas de Inverno, ela a sabotará.
No mesmo dia em que os EUA ponderaram esse plano, o novo embaixador dos EUA na China, Nicholas Burns, foi empossado. Especialistas também vêem outros sinais contraditórios. Por exemplo, a mais recente suspensão de voos com destino à China e pedidos de visto para 18 funcionários dos EUA para os Jogos Olímpicos de Inverno depois que o governo Biden lançou um “boicote diplomático”.
Os EUA suspenderam 44 voos com destino à China de quatro companhias aéreas chinesas na sexta-feira (21). A suspensão começou em 30 de janeiro, marcando o mais recente desdobramento das disputas sobre voos internacionais e regras antiepidêmicas entre os dois países. Tal decisão foi criticada pelo Ministério das Relações Exteriores da China na segunda-feira, chamando-a de um ato irracional e extremamente irresponsável que ignorou a saúde e a segurança dos passageiros.