Laboratórios biológicos tinham participação central de Hunter, filho de Biden (Wion)

O Pentágono controla cerca de 60 laboratórios biológico-militares nas fronteiras da Rússia e da China, denunciou o Ministério da Defesa russo perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), na quarta-feira (06).

“Aproveitando as brechas na legislação internacional, o governo dos EUA está constantemente aumentando suas capacidades biológico-militares em várias regiões do mundo”, constatou Igor Kirilov, chefe das tropas de proteção radiológica, química e biológica da Rússia.

O oficial citou dados mostrando que Washington tem 336 laboratórios sob seu controle em 30 estados além da jurisdição nacional.

“Só nos territórios fronteiriços com a Rússia e a China existem cerca de 60 instalações modernizadas desde 2005 às custas do departamento militar dos EUA”, afirmou Kirilov. “Graças à operação especial das tropas russas, a comunidade internacional teve acesso a informações sobre as pesquisas militares e biológicas ilegais que estão sendo realizadas na Ucrânia”, acrescentou.

Investigação

Igor Kirilov informou que Moscou pediu ao Congresso dos EUA para, além de investigar os programas biológicos, realizar uma pesquisa oficial de pessoas envolvidas no financiamento de bio-laboratórios na Ucrânia.

E, na sequência, ele divulgou os nomes de alguns dos funcionários que participaram da organização da pesquisa biológico-militar na Ucrânia. Entre eles estão representantes de empreiteiros do Pentágono, como Lance Lippencott, David Mustra, Mary Guttieri, Scott Thornton, enumerou Kirilov. Da mesma forma, destacou “a participação no financiamento dessas atividades por estruturas próximas aos atuais líderes norte-americanos, incluindo o fundo de investimento Rosemont Seneca, que era dirigido por Hunter Biden”, filho do atual presidente norte-americano*.

China: esclarecimentos

Reforçando a denúncia, a representação da China no Conselho de Segurança asseverou, na mesma quarta-feira, que os dados divulgados pela Rússia sobre laboratórios biológicos dos EUA em vários países ao redor do mundo, incluindo a Ucrânia, causaram grande preocupação global.

“A Rússia publicou recentemente uma série de documentos sobre as atividades militares biológicas dos EUA, que causaram grande preocupação na comunidade internacional. A pandemia de Covid-19 nos lembra da importância crítica da paz e segurança internacionais, a biossegurança que não conhece fronteiras”, declarou o vice-representante permanente da China na ONU, Dai Bing, em reunião informal convocada por iniciativa da Rússia, dedicada à segurança biológica.

“Qualquer informação sobre atividades biológicas militares deve gerar uma maior preocupação e atenção da comunidade internacional para evitar danos irreparáveis”, sublinhou o diplomata.

“A China dá as boas-vindas à comunidade internacional para avaliar os documentos descobertos dentro das estruturas apropriadas, incluindo a Convenção sobre Armas Biológicas e a ONU, e ouvir os esclarecimentos do país pertinente de maneira justa e imparcial. Neste sentido, esse país deve adotar uma postura responsável e fornecer esclarecimentos oportunos e completos sobre suas atividades biológico-militares para dissipar as dúvidas da comunidade internacional”, apontou Dai Bing.

Na reunião não estiveram presentes as representações dos Estados Unidos e do Reino Unido. Assim, o vice representante permanente da Rússia na ONU, Dmitri Poliansky, observou que “é uma prova de sua real atitude em relação a esta questão, o fato de que eles têm algo a esconder e não querem responder às perguntas incômodas levantadas hoje”.

Pequim tem pedido repetidamente a Washington que esclarecesse as preocupações sobre seus laboratórios biológicos no exterior. Na semana passada, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, expressou que os EUA têm a obrigação de cumprir as disposições da Convenção sobre Armas Biológicas e responder construtivamente às acusações da Rússia.