EUA: Jovem é morto a tiros durante ato antirracista no Kentucky

Uma pessoa morreu e outra ficou ferida, no sábado (27), em Louisville, Kentucky, nos Estados Unidos, após receber disparos em um tiroteio ocorrido em um parque durante protesto contra o assassinato pela polícia de Breonna Taylor, uma mulher negra morta em sua casa, durante revista policial injustificada, no dia 13 de março passado.

Sem informações sobre a identidade das vítimas nem do assassino, de acordo com um comunicado citado pela agência de notícias Associated Press (AP), as forças de segurança foram chamadas quando se ouviram tiros no Parque Jefferson Square. A polícia isolou a área para investigar o crime. Nas redes sociais foram compartilhadas imagens do tiroteio onde podem se escutar os disparos enquanto várias pessoas tentam fugir do local.

“É uma tragédia que esta área de protestos pacíficos seja agora uma cena de crime”, disse Greg Fischer, prefeito de Louisville. “Estou profundamente entristecido pela violência que estourou em Jefferson Square Park, onde as pessoas se reuniram para expressar suas opiniões”. assinalou.

Breonna Taylor era uma jovem negra de 26 anos, técnica de emergência médica, que morreu depois que policiais invadiram sua casa com uma ordem de busca por drogas. O endereço estava errado.

Os documentos estabelecem que a mulher e seu namorado, Kenneth Walker, se encontravam dormindo em seu quarto quando policiais vestidos de civil chegaram ao local em veículos sem identificação, perto da meia-noite. A jovem recebeu oito disparos mortais e seu namorado, de 27 anos, que reagiu, foi preso acusado de tentativa de assassinato de um oficial da polícia.

Em 24 de junho, pressionado pelas enormes manifestações contra o racismo e a violência, o Departamento de Polícia de Louisville demitiu o agente Brett Hankison, uns dos envolvidos na morte de Taylor. As autoridades expressaram que o oficial violou os procedimentos e mostrou

uma “indiferença extrema em relação ao valor da vida humana”. Porém, apesar dos protestos e dos pedidos de prisão dos três agentes que cometeram o crime, nenhum deles enfrentou ainda qualquer processo.

O assassinato de Breonna voltou a ter destaque após a morte de George Floyd, o homem negro que faleceu depois que um policial se ajoelhou em seu pescoço por quase nove minutos enquanto o detinha em Minneapolis.

O Departamento de Polícia de Louisville convocou as testemunhas a compartilhar informação sobre os fatos e prometeu realizar uma coletiva de imprensa sempre que tiver mais detalhes disponíveis.