Carregamento de armas dos EUA para que a guerra na Ucrânia prossiga

O porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, John Kirby, confirmou que Washington, sob o governo de Biden já entregava somas milionárias e armas letais à Ucrânia “bem antes” do inicio da operação russa no território ucraniano.

Em entrevista à emissora Fox News, na terça-feira (10), Kirby afirmou: “Primeiro, o governo Biden estava enviando armas bem antes da invasão. O primeiro bilhão de dólares que o presidente comprometeu com a Ucrânia incluiu assistência letal. E isso foi antes de Putin tomar sua decisão. E então o último ponto, que eu não acho que tenhamos em mente tanto quanto deveríamos, é o treinamento e esforço que foi feito para preparar os ucranianos para esse tipo de guerra nos últimos oito anos. Os Estados Unidos, Canadá, Grã-Bretanha, outros aliados realmente ajudaram a treinar os ucranianos na liderança de pequenas unidades, comando e controle, manobras operacionais”.

Na segunda-feira (9), Kirby afirmou que a pasta não considera suficiente o feito até o momento e está analisando a melhor maneira de apetrechar Kiev com mais insumos bélicos e prestar mais “assistência militar”. No mesmo dia, Biden assinou uma lei que permite acordos de fornecimento de equipamentos militares para a Ucrânia e outros países do Leste Europeu, a fim de aumentar as transferências de armas em meio à operação militar especial da Rússia na nação vizinha.

Toda essa confissão surge após declarações de autoridades norte-americanas de que o interesse dos EUA não tem a ver com a defesa da soberania da Ucrânia, mas o que está – e não é de hoje – em jogo é “ver a Rússia enfraquecida”.

E seguindo essa decisão, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, na noite da terça-feira (10), uma lei de financiamento suplementar de US$ 40 bilhões (cerca de R$ 205 bilhões) em assistência à Ucrânia a pretexto de contraposição à operação militar especial da Rússia.

O projeto de lei foi aprovado com 366 votos favoráveis e apenas 55 contra. Agora a proposta seguirá ao Senado dos EUA.

Vale ressaltar como disse o presidente da Duma (parlamento russo), Vyacheslav Volodin, nada dessa “ajuda” é doação trata-se de “créditos”, ou seja, a Ucrânia além de cumprir o papel de bucha de canhão na guerra por procuração dos EUA contra a Rússia, vai sendo empurrada a um endividamento gigantesco com Washington, só a remessa recentemente aprovada perfaz quase oito vezes o orçamento militar da Ucrânia.