"Segurança das equipes salva vidas", diz faixa na manifestação em Chicago | Foto extraída de vídeo

Depois de meses de lutas localizadas, uma coalizão de sindicatos e federações de trabalhadores norte-americanos decidiu processar o governo Trump através do seu secretário (equivalente ao nosso ministro) do Trabalho e da agência federal de segurança no local de trabalho (OSHA, na sigla em inglês).

A ação promovida na quinta-feira (29) denuncia que é de “inaceitável atraso” a liberação de material de proteção contra doenças infecciosas para os trabalhadores de Saúde na linha de frente.

“Médicos, enfermeiras, técnicos de UTI e outros profissionais de Saúde têm tratado de pacientes com Covid-19 durante a maior parte do ano sem acesso a proteção básica nos locais de trabalho”, diz a petição apresentada, contra o secretário Eugene Scalia e a OSHA, à Corte de Apelações do 9º Distrito e acontece em meio a crescente percepção da negligência do governo Trump para enfrentar a pandemia e socorrer os afetados por ela.

As organizações sindicais que se juntaram para acionar a Casa Branca são a Federação Americana de Professores (AFT), Associação de Enfermeiras do Estado de Washington (WSNA), Federação dos Servidores Estaduais, Municipais e Distritais (AFSCME) e Associação da Enfermeiras Unidas-União dos Profissionais de Saúde da Califórnia (UNAC/UHP).

Estas entidades representam em conjunto mais de 500 mil profissionais de Saúde que atuam em hospitais, clínicas, escolas. Elas enfatizam que mais de 190.000 trabalhadores do setor foram infectados pelo Covid e mais de 750 morreram.

Até a quinta-feira (29) o vírus já havia infectado mais de 8,9 milhões de norte-americanos e o número de mortos ultrapassava os 228.000.

Denise Duncan, presidente da UNAC, exige: “Fiscalização é necessária para proteger os que oferecem cuidados de Saúde para evitar o uso de equipamento vencido ou de baixa qualidade e os funcionários de Saúde precisam se sentir seguros no local de trabalho e saber que o Sistema de saúde protegerá tanto a eles quanto ao público”.