Atriz grega Xanthi Georgiou treina com a chama olímpica para Abertura dos Jogos de Inverno de Pequim

Os Jogos Olímpicos acabarão se o Comitê Olímpico Internacional (COI) abolir sua neutralidade política, disse o presidente do COI, Thomas Bach, a jornalistas, após EUA, Reino Unido, Austrália e Canadá anunciarem um ‘boicote diplomático’ aos Jogos de Inverno de Pequim do próximo ano.

“Ao não comentar sobre questões políticas, você não está tomando partido”, disse Bach, comentando sobre os acontecimentos recentes. “Do contrário, não conseguiríamos cumprir nossa missão – unir o mundo; nunca levaríamos todos os 206 comitês olímpicos nacionais aos Jogos Olímpicos. Isso seria a politização dos Jogos Olímpicos”.

“Pode até ser o fim dos Jogos Olímpicos, como foi o fim dos Jogos Olímpicos antigos, quando a política se envolveu depois de 1.000 anos, quando o imperador romano interveio. Era o fim dos Jogos. Os antigos gregos já sabiam que os Jogos precisam dessa neutralidade política para existir, e isso não mudou, ficou até mais importante”, disse.

A medida da Casa Branca, apesar do aspecto de encenação, os políticos não vão, mas os atletas vão, sinaliza na direção da divisão do mundo sob a retórica e mentalidade da Guerra Fria. A propósito, nem de perto há contra a China qualquer evidência de violação de direitos humanos, enquanto os acusadores, Washington e regimes vassalos da aliança Five Eyes, têm um rastro de sangue, tortura e destruição deixados no Iraque, Afeganistão, Síria, Líbia, só para ficar nos casos mais recentes, e sem falar nos crimes de guerra contra o Vietnã e a Coreia.