Foto do protesto contra os cortes realizado no último dia 13 de agosto.

No dia da Independência, os estudantes realizarão atos em ao menos 55 cidades brasileiras contra os ataques do governo Bolsonaro à Educação, em defesa da Amazônia e da Democracia.
Os protestos são organizados pela União Nacional dos Estudantes (UNE), pela União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES), Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), além de entidades estudantis municipais e estaduais e contam com apoio do movimento sindical e social.
Os estudantes se mobilizam contra o estrangulamento das universidades federais, que tiveram em média 30% da verba de custeio cortada pelo governo. Eles rejeitam também o projeto privatista “Future-se” – que entrega as instituições federais de ensino para empresas privadas travestidas de “Organizações Sociais”.
As entidades também condenam o corte das mais de 11 mil bolsas da Capes e o bloqueio orçamentário do CNPq, as duas principais instituições de fomento à pesquisa do país que foram inviabilizadas pelo governo.
CARAS PINTADAS
Bolsonaro chamou a população para comparecer às comemorações oficiais – promovidas por seu (des)governo – vestindo o verde e o amarelo, para “mostrar que a Amazônia é nossa”. A medida foi encarada pelos estudantes como “oportunista” já que, segundo eles, quem ameaça hoje à Amazônia é o próprio governo Bolsonaro.
O presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES), Lucas Chen, destaca que “no dia 7 de setembro, o Dia da Independência do Brasil, os estudantes irão novamente para as ruas contra o governo Bolsonaro. Vamos defender nossa Bandeira, pintar de verde e amarelo os nossos rostos e denunciar o caráter antidemocrático e antinacional deste governo”.
Para ele, “Bolsonaro transformou a educação, a ciência, o meio-ambiente, os direitos dos trabalhadores e a democracia nos principais alvos da sua destruição”.
“Cada vez mais, Bolsonaro expõe seu ódio contra o povo brasileiro”, destacou Chen.
“Vamos mostrar, no dia 7, que patriota não é aquele ou aquela que bate continência à bandeira americana, enquanto desmonta o Estado nacional, desde a educação até o meio ambiente. Patriotas de verdade são os estudantes, trabalhadores e o povo brasileiro que luta incansavelmente para construir um país plural, democrático, soberano e desenvolvido. Nesse 7 de setembro, os caras pintadas voltarão”, afirmou o presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Pedro Gorki.
Segundo o presidente da União Nacional dos Estudantes, Iago Montalvão, o atual governo não tem política de preservação ambiental para a região amazônica. “É uma chacota com a cara do povo brasileiro. Não podemos aceitar isso. Precisamos ir às ruas, sim, para defender a nossa educação e a nossa Amazônia da destruição que esse governo tem operado. Por isso, dia 7 eu vou de preto. Eu luto pela educação e pela Amazônia”, afirmou em vídeo nas redes sociais.