O presidente Jair Bolsonaro faz pronunciamento oficial sobre a declaração de pandemia do coronavírus pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

No primeiro ano de governo Bolsonaro, as empresas estatais deixaram de executar 69 bilhões em investimentos. Segundo a portaria do Ministério da Economia, nº 2.221 de 2020, publicada no Diário Oficial da União, na terça-feira (28), as 85 empresas estatais avaliadas pelo governo aplicaram apenas 45,7% do valor global de R$ 127 bilhões previstos em investimentos pelas estatais no orçamento de 2019.
Em 2018, as empresas públicas federais executaram 64,5% dos R$ 131,4 bilhões reservados para investimento naquele ano.
O total de investimentos feito pelas estatais em 2019, de R$ 58,3 bilhões, é o menor resultado registrado em 5 anos e representa uma queda de 31,3% na comparação com o ano anterior, cuja execução foi de R$ 84,8 bilhões.
O Ministério da Economia avaliou os investimentos de 78 estatais do setor produtivo e sete do setor financeiro. Na divisão por atividade, 39 empresas são do segmento de energia e 13 da área de petróleo.
O grupo Petrobrás totalizou R$ 50,9 bilhões em investimentos no ano passado, uma queda de 36,1% em relação a 2018. Já a Eletrobrás e suas empresas aplicaram R$ 2,9 bilhões em investimentos, resultado 14,8% menor que o ano anterior.
A queda nos investimentos das estatais é reflexo da política de desmonte e diminuição do papel do estado na economia proposta por Bolsonaro e sua equipe econômica.
O governo está limitando o investimentos e reduzindo o patrimônio das estatais. Com isso ele eleva os ganhos dos acionistas, muitos deles estrangeiros como é o caso da Petrobrás. O próprio governo se apodera dos lucros conquistados e desvia para o setor financeiro, através do pagamento dos juros.
Além disto, o governo quer entregar para a inciativa privada o controle das estatais e, para isto, tem produzido mentiras de que as empresas não podem investir porque estão endividadas e não dão lucro.
Bolsonaro e Guedes pouco se importam que esses R$ 69 bilhões deixaram de gerar investimento em infraestrutura e geração de emprego num País que não se recupera da recessão econômica de 2014-2016.
Ao longo da história, a Petrobrás, a Eletrobrás e outras estatais, contribuíram para o desenvolvimento do Brasil. São elas que sempre ditaram o ritmo de crescimento da economia nacional ao levarem investimentos para diversas regiões do país, principalmente as mais pobres, cuja iniciativa privada quer distância, pois não são lucrativas para ela.