"Não à Guerra/Não à Otan", na faixa em ato encerrado diante do Ministério de Relações Exteriores da Espanha

Manifestantes marcharam pelas ruas de Madri no último domingo (4) para condenar a “ingerência imperialista” da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na Ucrânia e condenar sua política de sanções à Rússia. “Algo que o povo russo está pagando e, também os trabalhadores de outros países, com a inflação e o aumento das tarifas de energia”, assinalaram.

Entoando palavras de ordem pela paz entre os povos, a mobilização convocada pela Assembleia Popular contra a Guerra na Ucrânia – composta por inúmeras entidades e coletivos como a Confederação Geral do Trabalho, os Ecologistas em Ação e a Associação pela Taxação das Transações Financeiras e pela Ação Cidadã (ATTAC) – elevou o tom dos espanhóis contra a Otan e a política de submissão a ela pelo governo espanhol.

Ao mesmo tempo em que reivindicaram a “resistência popular contra os gastos militares”, rejeitando o anúncio do governo de alcançar um investimento militar de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), cortando recursos para a saúde e educação, os participantes rechaçaram o envio de armas para a Ucrânia e o “rearmamento imperialista”.

Para Iago Martínez, porta-voz dos Ecologistas em Ação, “é preciso cuidar da vida e do planeta”, e por isso é necessário ampliar a luta contra o crescente processo de militarização das sociedades ocidentais, que impactará em mudanças climáticas profundas.

O ato foi encerrado em frente ao Ministério de Relações Exteriores com a consigna “suas guerras, nossos mortos”. Entre as faixas que encabeçaram a manifestação, uma dizia: “Não à Guerra, Não à Otan” e outra afirmava “Não à guerra. Tire as tropas russas da Ucrânia e não à intervenção da OTAN”.