A production line employee works at the AMES Companies factory, the largest wheelbarrow factory in the world, in Harrisburg, Pennsylvania, U.S. on June 29, 2017. Picture taken on June 29, 2017. REUTERS/Tim Aeppel

Entre 2015 e 2018, encerraram suas atividades 25.376 unidades industriais, de acordo com um levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgado pelo Estadão.
Pelo menos 17 indústrias fecharam as portas por dia no Brasil ao longo de quatro anos. Em termos absolutos, o Estado de São Paulo, o maior parque industrial do país, encerrou 7.312 unidades, o equivalente a uma redução de 7%, segundo a pesquisa.
Em 2014, no Brasil havia 384.721 unidades industriais de transformação. Os números refletem a dificuldade da indústria brasileira de repor as perdas durante o período mais intenso da recessão econômica (entre 2014 e 2016).
Nós últimos 3 anos, a economia brasileira ficou bem distante de alcançar os números de antes da recessão, isto porque os governos que se seguiram à Dilma Rousseff mantiveram intocada a política de arrocho fiscal, cortes nos investimentos públicos, desmonte do estado e prioridade na especulação financeira.
A produção industrial brasileira caiu -1,2% em novembro de 2019 em relação a outubro e acumula uma queda de 1,1% nos onze meses do ano passado, segundo os últimos dados divulgados pelo IBGE. Além disso, a maioria de seus ramos e todos os macrossetores industriais também ficaram no vermelho.
O Produto Interno Bruto (PIB), a soma dos bens e serviços produzidos no país, cresceu 1,3% tanto em 2017 como em 2018, e para 2019 a projeção do governo para expansão do PIB é de 1,1%, menor do que nos dois anos anteriores.
Neste ritmo anual de pouco mais de 1%, hoje a indústria de transformação opera 18,4% abaixo do pico alcançado em março de 2011, segundo dados recentes da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física do IBGE. E a previsão do mercado para a produção industrial no ano de 2019 é de menos 0,7%.