Os Indicadores Industriais da Confederação Nacional da Indústria do mês de abril apontam para uma queda generalizada no faturamento, no emprego, na massa salarial e nas horas trabalhadas na produção.

Com a economia estagnada, a inflação acelerada, desemprego elevado e os preços dolarizados, além do agravamento da escassez e do alto custo dos insumos, o setor patina.

Hoje, o IBGE divulgou o resultado da produção industrial brasileira em abril. O setor continua estagnado em 0,1% e acumula queda de -3,4%. Em doze meses, recuou -0,3%. Na comparação com abril do ano passado, caiu -0,5%.

Em um cenário de inflação persistente e juros altos é difícil prever desempenho muito positivo, sobretudo sustentado, nos próximos meses, diz o representante da CNI Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica.

O emprego industrial registrou queda de 0,5% em abril de 2022, na comparação com março. faturamento real da indústria de transformação caiu 0,6% em abril, revertendo uma variação positiva de 0,7% registrada em março. Na comparação com abril de 2021, a queda do faturamento é de 5,8%.

As horas trabalhadas na produção apresentaram queda de 2,2% em abril de 2022. Em relação a abril de 2021, o indicador é 0,2% menor. A massa salarial real da indústria de transformação registrou queda de 0,5% em abril de 2022.