Em Porto Alegre, Lula participa de ato na tarde desta quarta-feira, 1º
O ex-presidente Lula já está em Porto Alegre, onde cumpre agendas nesta quarta-feira (1º) e quinta-feira (2). Nesta tarde, acontece a principal delas: um grande ato em defesa da soberania, que acontece a partir das 16h no espaço Pepsi on Stage, com capacidade para 5 mil expectadores.
Milhares de pessoas de diversos pontos do estado são esperadas para o evento, que contará ainda com a participação do pré-candidato a vice de Lula, Geraldo Alckmin (PSB), e outras lideranças políticas e dos movimentos sociais. Antes do evento – que deverá ser transmitido pelas redes sociais – haverá um encontro fechado com representantes da educação.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes de Porto Alegre, concedida nesta terça-feira (31), Lula declarou que pretende implantar um orçamento participativo – experiência inovadora de governos petistas do Rio Grande do Sul – para acabar com o orçamento secreto, adotado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) para garantir sua base de apoio, especialmente de parlamentares do Centrão.
“Estou querendo ver como vou criar mecanismos para que o povo brasileiro possa, quem sabe agora com a internet, participar da execução do orçamento”, disse. E acrescentou: “É o povo dizer o que quer, como quer e para que quer. Qual a obra prioritária, em que estado ela deve ser feita?”.
Em outro momento, Lula falou sobre suas ações no estado gaúcho quando foi presidente: “Não interessava quem era o governador, para mim interessava fazer as coisas para o povo pobre do estado. Foi por isso que criamos um milhão de empregos no Rio Grande do Sul, 212 mil moradias entregues pelo Minha Casa Minha Vida, 91 mil famílias beneficiadas pelo Luz Para Todos, 405 mil famílias no Bolsa Família, a criação da Unipampa em dez cidades, a criação da UFFSul, 536 mil alunos no Pronatec, 246 mil alunos beneficiados pelo Prouni e Fies, 2197 ônibus escolares entregues pelo nosso governo, ou seja, eu tenho clareza da revolução que nós fizemos nos estados brasileiros”.
O ex-presidente também falou sobre as dificuldades enfrentadas hoje no Rio Grande do Sul, onde mais de 1,2 milhão de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza, retrato, como nos demais estados do país, da inação do governo federal. “Recebi um recado aqui que está difícil fazer um churrasco no Rio Grande do Sul, o povo vai voltar a comer uma costelinha assada, a comer uma picanha, porque não é possível que o Brasil sendo o maior produtor de proteína animal do mundo o povo precise ficar na fila para pegar um osso ou procurar uma carcaça de frango no lixo”, declarou.
Por Priscila Lobregatte
EDIÇÃO: Guiomar Prates