A crise econômica do governo Jair Bolsonaro continua a condenar brasileiros ao desemprego. Conforme dados divulgados nesta sexta-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de desocupação no País é de 14,6% – o que representa 14,8 milhões de pessoas sem emprego.

Os números, extraídos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, se referem ao trimestre encerrado em maio e indicam a segunda maior taxa de desemprego da série histórica. Nos dois trimestres anteriores, o Brasil registou a taxa recorde de 14,7%.

Em um ano, o salto no número de desempregados foi da ordem de 2,1 milhões de trabalhadores. Entre pessoas com carteira assinada no setor privado – os chamados trabalhadores formais –, houve perda de 1,3 milhão de postos de trabalho. Parte desse contingente é de brasileiros que estavam em desalento – ou seja, tinham desistido de procurar emprego – e agora voltaram a buscar uma vaga no mercado de trabalho.

“Muitas pessoas interromperam a procura por trabalho no trimestre de março a maio do ano passado por conta das restrições, já que muitas atividades econômicas foram paralisadas para conter a pandemia. Isso fez a procura por trabalho diminuir”, diz Adriana Beringuy, gerente da pesquisa. “Um ano depois, com a flexibilidade, essas pessoas voltaram a pressionar o mercado.”

Com a vacinação anti-Covid avançando lentamente no País, a possibilidade de uma retomada mais consistente se reduz. O risco de um repique da pandemia, devido a fatores como as variantes do novo coronavírus, pode igualmente comprometer a reabertura completa da economia, inviabilizando a criação de mais vagas sobretudo no setor de serviços.

Ainda segundo o IBGE, a taxa de informalidade bateu em 40% da população ocupada, o equivalente 34,7 milhões de trabalhadores informais. O pequeno avanço no número de trabalhadores empregados se deve, basicamente, ao crescimento do trabalho por conta própria.