Liderança entre os trabalhadores e trabalhadoras rurais no Piauí, presidenta da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-PI) e deputada estadual do PCdoB no estado, Elisângela Moura tem tido uma ação combativa tanto na Assembleia Legislativa quanto na frente da luta pela terra. Neste momento de profundos retrocessos para a classe trabalhadora no campo e na cidade, Elisângela tem atuado na luta em defesa da vida e da unidade em torno de pautas que garantam os direitos do povo.

Em entrevista ao Portal PCdoB, a deputada diz que a luta em defesa dos trabalhadores neste momento não tem sido fácil. “O que estamos vivendo é um grande desafio em nosso país. Temos um descontrolado na presidência da República, aliado do vírus, da Covid-19, que tem procurado jogar, para a população, para os municípios, para os governadores toda essa responsabilidade do momento que estamos atravessando”.

Elisângela também tem demonstrado preocupação com o desmonte de políticas públicas especialmente neste momento em que a população mais necessita de apoio e assistência. “O auxílio emergencial foi fundamental para que a população mais humilde, dos municípios, das periferias, inclusive da zona rural, pudesse atravessar esse momento tão difícil, com alto índice de desemprego”. A parlamentar ressaltou que o auxílio só foi viabilizado porque “tivemos uma forte luta da esquerda, inclusive da nossa bancada federal. A bancada do PCdoB foi fundamental para o auxílio emergencial, nas articulações com deputados que têm compromisso”.

Luta pela democracia

Filiada ao PCdoB desde os 16 anos de idade, Elisângela ressalta: “foi meu primeiro partido e hoje me sinto ainda mais orgulhosa por ser deputada estadual pelo PCdoB”. Ela destaca que, neste contexto adverso, que impõe unidade, fortalecimento do partido e mobilização popular, o 15º Congresso é fundamental e que “o PCdoB é um partido que tem expressão, uma militância aguerrida que nunca fugiu nem foge da luta”, aspectos essenciais para enfrentar o atual momento.

A deputada Elisângela criticou a cláusula de barreira e as tentativas da direita de inviabilizar a vida de partidos menores e ideológicos como forma limitar a pluralidade e mutilar a democracia. “Muitos dos que estão hoje no poder e que têm poder aquisitivo não se preocupam com os partidos menores. No Congresso, fala-se do distritão — e a gente sabe que isso significa acabar com os partidos”, apontou.

A parlamentar salientou o trabalho da bancada do PCdoB e da presidenta do partido, Luciana Santos, nas articulações em defesa das federações partidárias. “Mais uma vez, a nossa bancada tem feito um belíssimo trabalho na Câmara, discutindo e buscando o apoio para aprovar a urgência da tramitação do projeto das federações. Sabemos que é uma questão que ainda precisa ser bastante trabalhada e a gente percebe que a nossa presidenta Luciana tem feito isso juntamente com o nosso líder da bancada e demais camaradas buscando o apoio dos outros partidos”. Ela completa dizendo que a possibilidade da federação, “com certeza vai fortalecer não só o nosso partido, mas a democracia, para que possamos seguir defendendo o país que queremos, justo e soberano”.

Na Assembleia Legislativa do Piauí, a deputada faz a defesa intransigente dos trabalhadores e trabalhadoras. Reforçou, nos últimos dias, a necessidade da inclusão dos funcionários dos Correios no grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19 no estado e, também, como presidenta da Fetag, tem atuado pelas mulheres do campo.

“A violência contra a mulher tem aumentado significativamente desde o início da pandemia, tanto no campo como na cidade. E ouvir as mulheres e suas necessidades é muito importante para nos ajudar a defender o interesse dessas mulheres na hora de apresentar ou votar um projeto. Por isso quero me colocar à disposição de todos os movimentos sociais em defesa das mulheres para trabalhar também em defesa da mulher”,  afirmou Elisângela Moura em entrevista local.

Congresso da Fetag

Com relação à reunião do conselho da Fetag, realizada nos dias 24 e 25 de junho, Elisângela salientou que, entre outros pontos, foi aprovado o regimento interno eleitoral para o 8º Congresso dos Trabalhadores e Agricultores Familiares da Fetag-PI, previsto para acontecer entre os dias 1º e 3 de fevereiro de 2022, de forma virtual.

“Vamos debater a situação do país, da agricultura familiar frente ao desmonte das políticas pública e com certeza vamos também trabalhar um plano de luta e ação, além da eleição da nova diretoria”, diz. Elisângela explica que “estamos trabalhando uma chapa de unidade, olhando todas as regiões e respeitando as diversidades. Vamos trabalhar com muita responsabilidade para que possamos dar continuidade ao trabalho da Federação no Piauí, que sabemos que tem sido um grande desafio, mas também grande conquista dos trabalhadores rurais de nosso estado”.

 

Por Priscila Lobregatte