Eduardo Bolsonaro volta a atacar jornalista, mesmo após condenação

Eduardo Bolsonaro voltou a atacar e difamar a jornalista Patrícia Campos Mello, desrespeitando decisão da Justiça de São Paulo, que o condenou a pagar R$ 30 mil de indenização por danos morais à repórter da Folha de S. Paulo.

Ele repetiu as mentiras inventadas por Hans River, ex-funcionário de uma empresa suspeita de ter feito disparos em massa ilegais de mensagens do WhatsApp na campanha de 2018 para beneficiar Jair Bolsonaro.

A jornalista foi uma das primeiras a denunciar o esquema criminoso usado pelo bolsonarismo, que depois veio a público em toda a sua dimensão. A própria deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) acabou denunciando a existência do Gabinete do Ódio, montado pelos filhos de Bolsonaro dentro das instalações do Palácio do Planalto.

“Hans River disse que ela (Campos Mello) tentou seduzir ele (sic) para ter acesso ao laptop dele e procurar e-mails que pudessem corroborar a matéria dela”, disse o deputado.

O vendedor de hambúrgueres conhece bem esses assuntos de sedução, afinal ele vivia puxando o saco de Donald Trump. Até bonezinho com o nome do imbecil americano ele usava para tentar aparecer para o “guruzão” da família que acabou defenestrado da Casa Branca pelas mãos do povo americano.

O “zero três” foi condenado por difamação e, agora, voltou a cometer o mesmo crime. “Aí a lacrosfera disse que isso era machismo”, disse ele. “A mulher não pode tentar seduzir o homem? Em vez de ela vir na CPMI das Fake News e sob juramento desmentir o Hans River, o que ela fez? Ela processou a mim, ao meu pai, porque a gente falou ‘do furo da Patrícia Campos Melo’ e ela fica (dizendo) ‘não pode usar de sarcasmo, não pode ficar fazendo piadinha’”, reclamou.

O fariseu defendeu o direito de difamar as pessoas impunemente. Perguntou em vídeo na sua rede social “por que não pode fazer piadinha de mal gosto eu usar de sarcasmo?”. A “piadinha” que o cretino fez foi dizer que a jornalista queria “dar um furo” de reportagem.

Foi condenado pela baixaria. “Eu tenho imunidade parlamentar e estou falando sobre um fato que tem a ver com o meu trabalho “, afirmou o deputado, sem especificar por que mentir teria a ver com seu mandato. Aliás, tem tudo a ver, afinal ele e seu pai não passam de uma grande farsa.

A reincidência mostra que o deputado não tirou lição nenhuma do fato de seu comparsa, Daniel Silveira (PSL-RJ), estar amargando o xilindró desde a semana passada por achar que pode caluniar e ameaçar “surrar” membros do STF – “com gato morto até que ele mie” – e defender impunemente a volta da ditadura.

Na decisão que o condenou, o juiz Luiz Gustavo Esteves explica ao abestado que a imunidade “não é absoluta, não alcançando quaisquer ofensas praticadas sem qualquer relação com o mandato em exercício”. Eduardo também foi condenado a pagar, além dos R $ 30 mil, todas as custas do processo. O preço desse comportamento insano certamente será ainda mais alto se continuar a desrespeitar a decisão do juiz.