O dólar não para de subir, mesmo com a intervenção do Banco Central, que anunciou um leilão extraordinário para tentar conter a desvalorização do real. O BC já havia realizado um leilão de swap cambial com 20 mil contratos e anunciou um segundo para este mesmo pregão. Mesmo assim, às 13h40 o dólar comercial estava cotado a R$ 4,6522 na venda.

O mercado continua reagindo ao surto de coronavírus. Há a expectativa de corte de juros no Brasil, a exemplo do que já fez o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) nos Estados Unidos e outros bancos centrais como forma de reação aos riscos do vírus para a economia global. O Banco Central brasileiro anunciou que pode fazer o mesmo.

A redução sucessiva da Selic a mínimas históricas tornou alguns rendimentos baseados na taxa de juros brasileira menos atraentes para o investidor estrangeiro, o que tem prejudicado o desempenho do real.

Os investidores também reagem à decepção com o crescimento de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, divulgado ontem (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além da recuperação lenta da atividade econômica, os dados do IBGE apontaram queda no investimento.