Disparo dos casos de Covid faz governo inglês ampliar restrições
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou que um novo lockdown terá início à meia-noite de terça-feira (5) e continuará até meados de fevereiro, devido ao agravamento da pandemia de Covid-19 no país.
Assinalando que os hospitais estavam sob “mais pressão da Covid do que em qualquer outro momento desde o início da pandemia”, Johnson retomou a convocação “fique em casa, proteja o NHS (Serviço Público de Saúde) e salve vidas”.
Segundo os números mais recentes, o total de hospitalizados na Inglaterra pelo coronavírus é de 26,6 mil, um aumento de 30% em relação à semana anterior.
As próximas semanas – acrescentou o líder conservador – serão as “mais difíceis até agora”, como consequência da nova linhagem do coronavírus, 56% mais contagiosa. A orientação é “fique em casa”
Johnson também prometeu que os quatro grupos prioritários – idosos que vivem em casas de repouso, idosos de mais de 70 anos, pessoal médico da linha de frente e doentes vulneráveis – serão vacinados até meados de fevereiro, o que corresponde a quase 14 milhões de pessoas. Um aposentado de 82 anos se tornou a primeira pessoa a ser imunizada com a vacina da Universidade de Oxford/AstraZeneca.
Na segunda-feira, o país registrou pelo sétimo dia consecutivo mais de 50 mil novos casos covid-19 — chegando a um total de 2,7 milhões de casos desde o início da pandemia, segundo o centro de referência da Universidade Johns Hopkins. O total de mortos é de 75,5 mil.
Assim, os ingleses só devem deixar sua residência em caso de necessidade médica, compra de alimentos, prática de exercício físico ou trabalho presencial, quando este for indispensável.
Escolas e universidades voltarão ao ensino à distância. Restaurantes retornam ao sistema de atendimento só por entrega. Instalações esportivas ao ar livre, como quadras de tênis, devem fechar.
Creches e playgrounds externos seguem funcionando. Estão mantidos os jogos de futebol profissional. Cultos religiosos e participação em funerais são mantidos, observadas as normas de distanciamento e limitação de presentes.
O líder da oposição, Keir Starmer, disse que a bancada trabalhista irá apoiar o confinamento, assinalando que é preciso unir esforços para fazê-lo “funcionar”.