Dirigente do PCdoB-DF avalia Congresso como preparatório à batalha eleitoral
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O secretário de relações institucionais do PCdoB-DF e chefe de gabinete da Secretaria Executiva do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Gustavo Alves, avalia que o 16º Congresso do PCdoB terá, entre outras missões, preparar o conjunto partidário para as eleições de 2026.
“Ele é o preparatório para maior batalha eleitoral que a gente vai ter, que vai ser as eleições de 2026, com a tentativa do Bolsonaro e do bolsonarismo de retornar, da extrema direita de retornar, e ao mesmo tempo a gente vai ter ainda o teste da amplitude que a gente pode construir em torno do presidente Lula e das nossas candidaturas para deputado federal, estadual e distrital”, avalia o dirigente que participou do Encontro Regional Centro-Oeste na sexta-feira (21) e no sábado (22), em Brasília.
Outro do ponto destacado pelo dirigente é a atualização programática na parte do Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento.
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“A gente tinha uma quadra histórica e uma quadra econômica. Infelizmente, no mundo esse quadro mudou para uma situação muito mais desafiadora, muito mais difícil. Então há a necessidade de se fazer essa adequação ao novo plano de desenvolvimento, levando em consideração essa nova quadra histórica, os desafios que tem a eleição da extrema direita em alguns países da Europa, nos Estados Unidos e como é que isso pode impactar a nossa luta de desenvolvimento. Ao mesmo tempo que também a gente assiste a uma aurora de um novo mundo multipolar liderado também pelos esforços chineses”, considera Alves.
Ao avaliar a iniciativa da direção nacional do partido em realizar os eventos regionais, o dirigente do DF diz que houve um acerto.
“Esse encontro regional é único, nunca foi feito. É um nível de articulação nova entre os estados, entre o partido e entre os comitês dos estados. Isso ajuda a gente a ter um senso de que esse é um processo inicial, mas também ajuda a coordenar as ações de determinadas regiões”, diz.
Ele lembra que o partido tem desafios regionais. “A luta política, por exemplo, no Centro-Oeste é muito mais recrudescida porque o bolsonarismo é muito mais enraizado, muito mais forte. Os quatro governadores da região são bolsonaristas e a ação do partido nesses estados tem de ser muito mais sólida, muito mais calcada na luta popular, no enraizamento com o povo”, considera.