Diretor de hospital manda “castrar prisioneiros de guerra russos”
Mais um ato de neonazismo explícito na Ucrânia: o presidente do conselho de supervisão e fundador do serviço voluntário para hospitais militares, Gennady Druzenko, disse ao vivo no domingo (20), no canal 24 de Kiev, que ordenou ao pessoal médico dessa organização a “castrar os prisioneiros de guerra russos”, que antes chamara de “baratas”.
A denúncia partiu do jornalista e crítico do regime, Anatoly Shariv, que divulgou um trecho da declaração de Druzenko ao vivo.
“Sempre fui humanista e disse que quando uma pessoa é ferida, não é um inimigo, é um paciente. Mas agora eu dei a meus médicos uma ordem muito estrita de castrar todos os homens porque são baratas e não pessoas”, afirmou Druzenko, sobre os prisioneiros de guerra russos, sem que o entrevistador – o âncora Evgeny Kiselyov – o contestasse.
Druzenko dirige o Primeiro Hospital Móvel Voluntário Pirogov, uma unidade de médicos civis que presta serviços às tropas ucranianas desde 2014, quando a junta pós-golpe em Kiev enviou militares ucranianos para reprimir a rebelião no leste da Ucrânia contra os desmandos do regime imposto e a discriminação contra a região do Donbass, com a população de maioria de fala russa.
Em outro momento da entrevista, Druzenko asseverou que a Rússia estaria “ficando sem recursos militares”, e em mais uma demonstração de racismo, acrescentou que “o equipamento de Putin queima bem” e os “corpos de Putin fedem”, mas de alguma forma “se tornam inofensivos”.
Durante a entrevista à TV ucraniana, Druzenko ainda reconheceu que sua unidade tinha uma “ala militar” composta por ex-comandantes, e que sua equipe se chama em tom de brincadeira de “Primeira Unidade de Tempestade Móvel Voluntária” por conta disso.
“Tratamos os nossos e transformamos os deles em adubo. Convidados indesejados nunca foram amados neste solo”, jactou-se.
A transmissão ao vivo da entrevista foi bloqueada pelo youtube quando se verificava uma elevação na audiência das criminosas confissões de Druzenko.
Não é a primeira confissão de nazismo ao vivo no canal Ucrânia 24. Em 13 de março, um apresentador citou o criminoso de guerra nazista Adolf Eichmann e pediu a morte de crianças russas “para destruir uma nação”.
Após evidenciar, com sua declaração, que o problema de fundo na Ucrânia é o predomínio das ideias nazistas, tal qual Moscou denuncia, e confessar ter ordenado crimes de guerra e a violação das Convenções de Genebra, Druzenko, em sua página no Facebook, deu o dito por não dito, e agora assevera que ele e seus paramédicos não castraram ninguém e não tinham planos para fazê-lo.
“Foram as emoções. Desculpem-me. Nós estamos salvando vidas. Ponto final”, segundo a postagem. Agora, diz que é a “vítima” e que está recebendo ameaças desde sua entrevista à tevê.
Já o admirador de Eichmann, após a comoção provocada por suas palavras, pediu cinicamente desculpas por advogar genocídio em público e lamentou prejudicar a “reputação das tropas ucranianas”, também atribuindo tudo “às emoções”.