“Diploma de covardia”, por João Vicente Goulart
Como se julga um parlamentar, independentemente de suas posições ideológicas, dentro de uma democracia, quanto às suas posições de ser humano civilizado em sociedade, que convoca sua matilha para atacar uma mulher e chama seus sequazes para uma “guerra” contra ela?
Por João Vicente Goulart*
Meu questionamento, desculpem, é meio controverso quanto a um “ser humano” civilizado, pois quem integra matilhas nada mais é que um “guaipeca”, um cachorro sujo e raivoso que perambula pela vida cuspindo ódio e rancores contra a própria Democracia.
O latido de guerra do deputado Eduardo Bolsonaro, convocando uma guerra suja com fascistas, milicianos, bolso-nazis, fundamentalistas contra a candidata a prefeita de Porto Alegre, Manuela D´Ávila, que lidera as pesquisas no Rio Grande do Sul, nada mais é do que um atestado de covardia, contra as mulheres brasileiras, contra as mulheres gaúchas.
Para um deputado eleito por São Paulo, que sequer conhece a cidade, e muito menos o Estado por onde se elegeu, talvez sequer de onde herdou seus votos por lá, faz-se mister avisá-lo que esse seu atestado de covardia, nos rincões dos pampas gaúchos é coisa de covarde, “maula” como dizemos na fronteira, dos frouxos que atacam mulheres.
Respeitar a democracia é fundamental para respeitar os direitos alheios, os direitos de todos, ideológicos, políticos e partidários, pois só assim, se convive dentro de uma democracia.
Mas desrespeitar mulheres, por suas brilhantes posições sociais em favor dos humildes, das minorias, das crianças, dos pobres e menos favorecidos, gaúchas principalmente, parece ser do DNA familiar, herança misógina de pai para filho, ocorrida com outras parlamentares do Rio Grande do Sul, dentro do Congresso Nacional, parece ser o que resta de ética ao deputado Eduardo Bolsonaro.
Parece que a “famiglia” não entende que a Presidência da República não lhes dá o direito de fazer do Brasil uma capitania hereditária.
Respeitem o Brasil, respeitem a democracia e principalmente respeitem a mulher gaúcha, o povo gaúcho, que há de saber julgar esta barbaridade, com nome e sobrenome: covardia.
Levantai-vos gaúchas e gaúchos, contra as ações de covardia, contra o destempero dos uivos dos fanáticos, contra os gritos negligentes dos prepotentes, e construamos com orgulho e altruísmo, a vitória dos justos.
Mostremos a esses guaipecas como aqui neste pago são tratadas as mulheres, e outorguemos a Manuela o diploma de prefeita da Capital do Rio Grande do Sul!
*João Vicente Goulart, diretor Instituto João Goulart (IGP), para A Hora do Povo
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(PL)