Dino denuncia “partido dos robôs” que ataca governadores e STF
Na manhã desta terça-feira (9) o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB-MA) voltou a denunciar a ação de um “partido dos robôs” coordenados pelo chamado “gabinete do ódio”, que conforme declarações dadas à CPI das Fake News funcionaria no Palácio do Planalto sob comando da previdência da República.
O governador chamou atenção para os insistentes ataques realizados por máquinas contra o Supremo Tribunal Federal, governadores e prefeitos que tem seguido às orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e preconizado o isolamento social para preservar a vida dos brasileiros diante da pandemia do novo coronavírus.
“Dizem que o presidente da República não tem nenhuma responsabilidade sobre o coronavírus. Sem confusão essa gente não consegue viver com sua própria infelicidade”, escreveu o governador no Twitter.
Partido dos robôs, mais conhecido como “gabinete do ódio”, espalhando ataque ao Supremo, governadores e prefeitos. Dizem que o presidente da República não tem nenhuma responsabilidade sobre o coronavírus. Sem confusão essa gente não consegue viver com sua própria infelicidade
— Flávio Dino ?? (@FlavioDino) June 9, 2020
Nesta terça-feira, robôs passaram a compartilhar uma mensagem de que Bolsonaro teria razão com relação a atitudes e omissões relativas ao novo coronavírus. A mensagem se apoia em leitura manipulada de mensagem da Organização Mundial de Saúde. A OMS afirmou que a transmissão por pacientes assintomáticos “pode ser rara”. A tag #bolsonarotemrazão chegou a ser usada mais de 51,8 mil vezes no Twitter, sendo um dos assuntos mais comentados antes das 12h.
O compartilhamento de tags como esta por meio de robôs infla a opinião pública. E, mais uma vez, de maneira equivocada: entre as razões para a indução de erro, temos que o informe da OMS fala apenas de uma possibilidade e não é conclusivo. Além disso, segundo a OMS, pessoas pré-sintomáticas transmitem a doença sem saber. Portanto, não há motivo para desconfiar do isolamento como fundamental para preservar a saúde e a vida das pessoas. E mesmo se os cientistas tivessem, agora, chegado a novas conclusões, elas não conflitariam com a postura recomendada, que é propor isolamento tendo por base o princípio da precaução.