Supermercado na zona sul do Rio de Janeiro.

O custo médio da cesta básica de alimentos continua aumentando e pesando no bolso do trabalhador e atingiu em agosto o valor de R$ 650,50. Uma alta de 20,47% em doze meses. Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o percentual do salário mínimo líquido gasto para compra dos produtos da cesta para uma pessoa adulta chegou a 63,93% em agosto.

Entre os produtos com alta de preço médio em relação a julho destacam-se: batata (27,30%), banana (7,25%), açúcar refinado (4,35%), manteiga (3,04%), farinha de trigo (2,39%), pão francês (0,91%), café em pó (0,86%), tomate (0,75%), óleo de soja (0,63%) e feijão carioquinha (0,58%).

O Dieese faz a pesquisa mensalmente em 17 capitais, em agosto o preço da cesta básica de alimentos aumentou em 13 cidades e diminuiu em quatro. As maiores altas foram registradas em Campo Grande (3,48%), Belo Horizonte (2,45%) e Brasília (2,10%). As capitais onde o custo apresentou queda foram Aracaju (-6,56%), Curitiba (-3,12%), Fortaleza (-1,88%) e João Pessoa (-0,28%).

A cesta mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 664,67), seguida pelas de Florianópolis (R$ 659,00), São Paulo (R$ 650,50) e Rio de Janeiro (R$ 634,18). Os menores valores foram registrados em Aracaju (R$ 456,40) e Salvador (R$ 485,44).

Ao comparar agosto de 2020 a agosto de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. Os percentuais oscilaram entre 11,90%, em Recife, e 34,13%, em Brasília, diz a pesquisa.

Nos primeiros oito meses de 2021, 16 capitais acumularam alta, com taxas entre 0,28%, em Goiânia, e 11,12%, em Curitiba.

Com os preços dos alimentos explodindo, as famílias ainda enfrentam o aumento na conta de luz e do gás de cozinha, o que têm corroído ainda mais a renda dos mais pobres.