Dez ex-chefes do Pentágono repelem atos de Trump para burlar eleição
Dez ex-secretários de defesa, que serviram em diversos governos dos Estados Unidos, tanto de presidentes democratas como de republicanos, firmaram uma carta aberta a Trump condenando suas manobras, tentativas de aliciamento e ilegalidades no desespero de reverter a derrota eleitoral nas eleições presidenciais.
“Nossas eleições ocorreram. Recontagens de votos e auditorias foram realizadas. Questionamentos apropriados foram resolvidos pelos tribunais. Os governadores certificaram os resultados. E o colégio eleitoral votou. O tempo de questionar os resultados já passou”, adverte a carta dos 10 ex-chefes do Pentágono publicada no domingo (3) no Washington Post.
Assinam a carta Ashton Carter, Chuck Hagel e Leon Panetta (que serviram durante o governo Obama), Dick Cheney (com George Bush pai), William Cohen e William Perry (com Bill Clinton), Robert Gates (com George Bush filho), Donald Rumsfeld (nos governos de Gerald Ford e Bush filho) e inclusive James Mattis e Mark Esper, que chefiaram o Pentágono durante o governo de Trump.
A carta foi publicada um dia depois do vazamento do áudio onde Trump é flagrado ao tentar extorquir do secretário de Estado da Geórgia uma ação fraudulenta para mudar a votação no Estado a seu favor.
Um dos trechos da carta alerta que além deste telefonema criminoso, Trump andou pescando nas águas turvas de aliciamento de militares para seu golpismo doentio: “Os esforços para envolver as forças armadas dos EUA na resolução de disputas eleitorais nos levariam a um território perigoso, ilegal e inconstitucional”.
“Tais medidas seriam responsáveis, incluindo potencialmente enfrentando penalidades criminais, pelas graves consequências de suas ações em nossa república”, advertem os ex-chefes do Pentágono.