Desemprego alto e queda na renda despenca setor de serviços
O setor de serviços, o único que ainda apresentava indícios de recuperação, abriu o ano em queda. Em janeiro, na comparação com dezembro, o volume de serviços prestados recuou 0,1%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na quarta-feira (16). O setor opera atualmente em níveis abaixo do registrado em agosto de 2015, compondo o caótico cenário econômico do Brasil sob o governo de Bolsonaro e Guedes.
A indústria e o comércio, por sua vez, vêm colecionando resultados negativos, conforme as pesquisas dos setores divulgadas recentemente pelo IBGE. A produção recuou nada menos do que 2,4% em janeiro, enquanto o comércio variou apenas 0,8%, com recuo de 1,9% nas vendas ante janeiro do ano passado.
No ramo dos serviços, são os incluídos no grupo de serviços prestados às famílias que vem apresentando os piores desempenhos. Esse segmento está 13,2% abaixo dos níveis pré-pandemia e caiu 1,4% em janeiro ante dezembro, na série com ajuste sazonal.
“É possível que boa parte do impulso que a melhora da pandemia trouxe ao ramo de serviços prestados às famílias venha sendo anulada pela queda do poder de compra da população, afetado pelo desemprego e aceleração da inflação”, avalia o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), na análise dos dados divulgados hoje pelo IBGE.
Os serviços prestados às famílias estavam, em janeiro, 23,3% abaixo do pico de outubro de 2013.
No total, três das cinco atividades investigadas tiveram retração no mês de janeiro, com destaque também para serviços de informação e comunicação (-4,7%), que recuaram pelo segundo mês consecutivo; e outros serviços (-1,1%).