No 1º de Maio, novaiorquinos participaram de um grande ato pelo cancelamento dos aluguéis incluindo cartazes e faixas abertos de suas janelas ou nas fachados dos prédios, painéis em pontes sobre o rio Hudson, buzinaço em frente à casa do governador do Estado, Andrew Cuomo e uma caminhada com os inquilinos usando máscaras com a inscrição “Greve de aluguéis”.

Além da manifestação, milhares de inquilinos já disseram que participam da greve dos aluguéis e que não vão pagar aqueles com vencimento em maio.

Os inquilinos alegam que o lockdown, devido à propagação da Covid-19, desorganizou suas finanças e levantam palavras de ordem como “Greve de aluguéis”, “Cancele os aluguéis, Cuomo”, “Não posso pagar, não vou pagar” e “Primeiro comida, depois aluguéis”.

Morgan Mckay, um dos organizadores do protesto, via twitter, chamou os inquilinos a marcharem até a sede do governo para exigir o cancelamento, afirmando: “Milhões não têm como pagar os aluguéis hoje. Nós não podemos pagar, não vamos pagar”.

“As pessoas não podem pagar”, afirmou, esta semana, a deputada federal Alexandria Ocasio-Cortez, do Partido Democrata e que fez campanha pela indicação de Bernie Sanders a candidato à Casa Branca. “Não se pode coagir alguém a fazer algo que não pode fazer”, disse ela com sua costumeira franqueza e simplicidade.

A greve dos aluguéis acontece no momento em que os dados das agências governamentais mostram que 30 milhões de norte-americanos ficaram desempregados por todo o país como consequência da pandemia. Só em Nova Iorque, estima-se que 1,6 milhão perderam emprego e muitos não conseguem acessar os sobrecarregados sistemas de seguro-desemprego.