A Câmara dos Deputados votará nesta segunda-feira (21) a medida provisória (MP) que permite a privatização da Eletrobras. O texto-base da MP foi aprovado na última quinta-feira (17) pelo Senado por 42 votos a 37. No entanto, por ter sofrido alterações, foi devolvido para a Câmara. Caso não seja votada até esta terça-feira (22), a MP perderá validade.

Para parlamentares de diferentes partidos será uma dura batalha para impedir a venda desse importante patrimônio do povo brasileiro.

“A Eletrobras é uma estatal estratégica para o governo federal e deveria passar longe do programa de desestatização”, destacou o líder do PCdoB na Câmara, deputado federal Renildo Calheiros (PE).

A deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) disse que, em plena pandemia, Bolsonaro quer vender o Brasil. “Estamos a um passo da privatização da Eletrobras. Se isso acontecer, quem vai pagar a conta é o povo mais pobre (…) A conta de luz vai aumentar, o meio ambiente vai ser afetado e vai faltar luz com a privatização da empresa”, criticou.

O deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA) disse que a previsão é de aumento na tarifa de energia, que pode somar R$ 460 bilhões nos próximos 30 anos. “Além do aumento das tarifas, os brasileiros enfrentarão ainda possíveis apagões”, ressaltou o parlamentar em referência aos casos recentes vividos no estado do Amapá.

Para o líder da Oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), a batalha permanece na Câmara. “Nossa luta contra a privatização da Eletrobras continua! Após modificações do Senado, a MP 1031 volta para a Câmara, onde permaneceremos firmes para impedir esse absurdo. #SalveAEletrobrasPública”, escreveu no Twitter.

“Contra o aumento da energia e o risco de apagões temos hoje uma grande luta no plenário da Câmara para impedir a privatização da Eletrobras. Vamos agir de todas as formas para tentar barrar esse crime contra o povo brasileiro e nossa soberania energética. #SalveaEletrobrasPública”, postou a deputada Erika Kokay (PT-DF).

Para o deputado Henrique Fontana (PT-RS), além de ser um crime de lesa pátria, a venda da Eletrobras não irá gerar um único emprego, mas cada brasileiro pagará mais pela conta da luz.

“O PSOL enviou aos presidentes da Câmara e Senado pedido de luto oficial em razão das 500 mil vidas perdidas pela Covid-19 e a política genocida de Bolsonaro. Não dá pra seguir passando a boiada, como a votação da privatização da Eletrobras, como se nada tivesse acontecido!”, protestou a deputada Fernanda Melchionna (RS).

 

Por Iram Alfaia

 

(PL)